A ação, conduzida em 12 países da América Central e do Sul - entre eles o Brasil -, durou três meses e resultou na apreensão de US$ 8 milhões (R$ 15,6 milhões) em madeira.
A agência internacional de polícia criminal disse que o comércio ilegal global de madeira, estimado em US$ 100 bilhões (R$ 300 bilhões), tem atraído grupos de crime organizado a áreas remotas em florestas e provocado um aumento nos casos de corrupção e assassinatos, em especial na região sul das Américas.
Agentes da Interpol revistaram caminhões, navios e contêineres, assim como empresas e indivíduos, confiscando o equivalente à carga de cerca de 2 mil caminhões em madeira extraída ilegalmente.
Mais de 100 pessoas permanecem sob investigação.
O chefe do programa de combate a crimes ambientais da organização, David Higgins, disse que a "Operação Chumbo" foi apenas o primeiro passo na campanha da Interpol contra o negócio ilegal com madeira de florestas protegidas.
Ele disse que a abertura de processos judiciais contra os acusados é dificultada pelo fato de o comércio envolver vários países, mas a organização ajudará os governos a aplicar a lei de maneira mais uniforme.
A cooperação entre guardas florestais, agentes de alfândega e proteção de fronteiras e as polícias será fundamental na ação contra o tráfico de madeira.
Nos últimos anos, dezenas de ativistas contra desmatamento e extração ilegal nas florestas foram mortos no Brasil em ataques que seriam ligadas à atividade ilegal.
A Interpol disse ainda que na Colômbia grupos rebeldes estariam cada vez mais se voltando para essa atividade como fonte de renda.
Na Venezuela, houve confrontos entre tribos indígenas e madeireiros ilegais.
BBC