Ibitinga, Terça, 26 de Novembro de 2024
Evasão em Bauru é a 3ª menor do Estado
Dados referem-se às universidades privadas; entre os anos de 2010 e 2011, índice na região caiu de 25,9% para 25,7%

Um estudo feito pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp) apontou que, em 2011, a região de Bauru – que abrange 39 municípios – foi a terceira do Estado de São Paulo, entre um total de 15 regiões, com menor índice de evasão escolar no ensino superior particular. Para especialistas, as opções de cursos e a facilidade de pagamento (bolsas e financiamentos) são alguns fatores que contribuem para que os estudantes não deixem a universidade.

Os dados colhidos pelo sindicato foram apresentados ontem na 9ª edição das Jornadas Regionais, eventos que têm como objetivo reunir gestores educacionais para conhecer em detalhes a educação superior em cada uma das 15 regiões e, assim, traçar estratégias de crescimento e atendimento das demandas.

O relatório apontou que a taxa de evasão nas regiões administrativas de Bauru, Marília (51 municípios) e Sorocaba (79 municípios) diminuiu consideravelmente de 2010 a 2011.

Marília passou de 33,8% para 30,4%, enquanto Bauru registrou queda de 25,9% para 25,7% e Sorocaba, de 28,7% baixou para 25,5%. A única região onde a evasão aumentou foi Presidente Prudente, que registrou índice de 23,7% em 2010 e o percentual subiu para 32,4% em 2011.

Mercado

Para Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp, o mercado da região de Bauru mostrou sua necessidade, que está sendo atendida. “São diversas universidades com muitos cursos, além de oferecerem facilidade de pagamento. Por isso o índice de evasão do ensino superior nessas universidades está caindo. Antes, por falta de opção, o aluno começava um curso que não queria e acabava abandonando. Hoje ele tem a opção de escolher o curso que realmente quer”, frisou.

Seguindo a mesma linha de raciocínio de Capelato, o diretor regional do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), Duda Trevizani, ainda aponta a facilidade de crédito e os preços baixos. “Antigamente era muito caro um curso superior. Hoje, além dos financiamentos, existem as universidades com preços mais acessíveis”, acrescentou.

A pedagoga Eveline Ignácio da Silva Marques avalia que a cidade se estabilizou como polo de ensino, o que faz com que os alunos e as universidades acreditem no potencial de Bauru. “O bom desempenho dos cursos da cidade em avaliações faz com que os alunos acreditem nessa qualidade. Por isso procuram as universidades de Bauru. A cidade acabou se estabilizando como um polo de ensino. A facilidade de pagamento também influencia muito. Além disso, as universidades estão abrindo cursos de acordo com as necessidades do mercado da nossa região”, opinou.

 

De Ibitinga para Bauru

Foi a opção pelo curso que sonhava que trouxe a estudante Bruna Naomi de Macedo Sampy, 22 anos, de Ibitinga para uma universidade particular de Bauru. Farmácia sempre foi sua primeira opção e hoje ela já está no 7º semestre do curso.

“A minha primeira opção sempre foi farmácia, então prestei o vestibular aqui em Bauru e passei. Escolhi a universidade porque oferece curso de qualidade. Estou muito feliz com o meu curso e pude perceber melhor isso agora que já comecei os estágios. No geral, acredito que está mais fácil para estudar em uma universidade hoje com preços melhores e facilidades de pagamento”, opinou.


Ensino a distância

A procura por ensino particular a distância também está aumentando na região de Bauru, conforme apontou o estudo realizado pelo Semesp. Bauru registrou 32% de crescimento em 2011 na comparação com 2010, seguida por Marília (21,3%), Sorocaba (10,5%) e Presidente Prudente (8,6%), todos bem acima da média no Estado de São Paulo, que foi de apenas 5,2%.

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