Ibitinga, Segunda, 25 de Novembro de 2024
Homenagem ao Dia do Apicultor
No próximo dia 22 de maio celebrou o dia do Apicultor, e o Sindicato Rural comenta sobre a cultura e parabeniza os apicultores

Utilizado como alimento desde a pré-história, por vários séculos o mel sofreu o extrativismo predatório, muitas vezes, causando danos ao meio ambiente. Com o tempo, o homem aprendeu a proteger os enxames, instalando colmeias, para melhorar a produção, sem causar prejuízo às abelhas. Assim nasceu a Apicultura, atividade de produção de mel, pólen, geleia real e cera.
Com 367 mil toneladas produzidas em 2009, de acordo com estimativas da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), a China lidera o ranking mundial de produtores de mel. Entre 1999 e 2009, o crescimento médio da produção, foi de 22%, com algumas disparidades observadas no Brasil (96%) e Estados Unidos (-30%). Estudos da rede Apis/Sebrae indicam, entre os países citados no ranking, uma diferença relevante na produtividade. As colmeias argentinas e chinesas, por exemplo, fornecem até 35 kg/ano e 100 kg/ano, respectivamente, enquanto no Brasil este volume fica em torno de 15 kg/ano.
Os dados são conflitantes quanto ao número de apicultores e colmeias, produção e produtividade. Mas, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Brasil registrou um aumento 30% na produção de mel em 2010, em comparação com o ano anterior, passando para a 11ª posição no ranking de produtores mundiais. Foram 50 mil toneladas de mel produzidas contra 38 mil toneladas em 2009. Com o resultado, o país tornou-se o quinto maior exportador do produto.


A realidade do mel no Brasil
Um dos estímulos para o avanço da atividade no país está no aumento da demanda externa e no fim do embargo para o mel brasileiro pela Comunidade Europeia, em 2008. A preferência por produtos orgânicos coloca o Brasil em posição de vantagem em relação aos demais concorrentes, uma vez que o país possui uma abelha bastante resistente a doenças, tornando desnecessária a utilização de defensivos, antibióticos e acaricidas. Apesar da expansão, um levantamento da Apis aponta a pouca utilização tecnológica e o baixo nível de organização como barreiras para um melhor aproveitamento na apicultura, indicando um potencial ainda maior da atividade nos próximos anos.
Considerada, hoje, uma atividade “limpa” (não poluente), integrada à natureza (ecológica), defensora do meio ambiente (preservacionista), auxiliar da agricultura (polinizadora), geradora de excedentes exportáveis (lucrativa) e produtora de alguns dos melhores alimentos naturais que existem, a apicultura representa importante segmento do agronegócio.

 

A realidade do mel na região


Representante de uma família tradicional de apicultores, João Geraldo Milanezi sempre ajudou nas atividades, por hobby. A partir de 1983, no entanto, após ter ido estudar em São Paulo, passou a enxergar a atividade com outros olhos, percebendo que a apicultura era reconhecida e valorizada nos grandes centros.  Há 32 anos, a região de Ibitinga era uma ótima área para a Apicultura, devido à diversificação de culturas (laranja, café, milho, arroz, feijão). “Naquela época as abelhas comiam diariamente e colhíamos mel de laranjeira, mel de assa-peixe, mel de cipó uva e mel de flores do campo. A produção era muito boa. Hoje em dia, com a monocultura da cana e da laranja, além do uso intensivo de agrotóxicos, a produtividade caiu. Falta alimento para as abelhas, já que a cana é um deserto verde onde não nasce nada, e a flor da laranja dura apenas de 15 a 20 dias”, comenta o apicultor.
A solução para os apicultores locais é procurar as beiras de rio, para suprir o déficit na alimentação das abelhas. “Esse é um problema da nossa região, mas ainda há áreas adequadas á atividade no país, e os grandes apicultores migram para essas regiões, transportando suas colmeias em caminhões’, explica Milanezi.

 

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