Ibitinga, Terça, 26 de Novembro de 2024
Dia 18 de abril é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil
A comemoração da data é uma homenagem ao escritor Monteiro Lobato

   Em 18 de abril é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil. A data foi escolhida em homenagem ao nascimento de Monteiro Lobato, considerado por muitos o pai da literatura infanto-juvenil brasileira. A data passou a integrar o calendário de comemorações anuais no ano 2000 pelo então presidente Fernando H. Cardoso, em homenagem ao grande escritor brasileiro, José Bento Monteiro Lobato, conhecido como Monteiro Lobato.   

    Antes dos livros de Lobato, as histórias lidas pelas crianças no Brasil eram importadas da Europa. Elas apresentavam ambientações e contextos distantes da nossa cultura e eram traduzidas para um português difícil de ser compreendido. A literatura nacional também não encantava porque estava a serviço da escola e se preocupava mais em transmitir valores do que em divertir e abrir as portas para a imaginação.

   Percebendo este cenário, Monteiro Lobato, em 1920, já escritor, editor e jornalista reconhecido do público adulto, lançou seu primeiro livro infantil – A Menina do Narizinho Arrebitado.

    “Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar”, dizia o próprio autor. E foi exatamente o que aconteceu. O universo mágico do Sítio do Pica-pau Amarelo fez parte da infância de diversas gerações e encanta as crianças até hoje.

    O mesmo autor da frase que diz “Um país se faz com homens e livros” tinha uma ob-sessão por seu trabalho: fazer o povo ler. Por isso, lançou uma editora, a Monteiro Lobato & Cia., em 1920. Em sua carreira, foi consagrado nos trabalhos que fez para adultos, mas se destacou como escritor de livros que escreveu para as crianças.

    Monteiro Lobato escreveu as histórias do Sítio do Pica-pau Amarelo, que foram exibidas em um série infantil produzida pela rede Globo de televisão desde 2001 até 2007. Foram exibidos mais de 570 episódios e a série chegou a ser exibida em Portugal, com título de “Pirlimpimpim”, além de ter sido vendida pela Globo Internacional para 10 países diferentes, como Filipinas, Indonésia, e Timor-Leste, entre outros.

   Mas as divertidas histórias de Narizinho, Emília, Pedrinho, Tia Nastácia, Dona Benta, Visconde de Sabugosa e tantos outros personagens já marcaram várias gerações desde que ficaram conhecidos na década de 20.

    Monteiro Lobato aproveitou seu talento e sua carreira para contar os costumes da região do Vale do Paraíba, onde nasceu em 1882. Se ele fosse vivo, teria 129 anos e uma de suas personagens mais conhecidas, a Narizinho, completa 91 anos em 2011. O escritor é da cidade de Taubaté e a maioria dos seus personagens são inspiradas nas pessoas que ele conheceu na sua infância.

   O escritor tinha outras facetas pouco conhecidas, como a de fotógrafo. Monteiro Lobato gostava de fazer instantâneos da família com sua câmara Rolleyflex. Ele passava horas seguidas capturando trechos de paisagens e cenas do cotidiano. O que mais gostava mesmo era dos flagrantes e por isso não desgrudava da máquina. Assim, se aparecesse uma pessoa interessante ou ocorresse algo diferente, Lobato estava pronto para dar o clique que, às vezes, vinha ilustrar um artigo de jornal escrito por ele.

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