A justiça decidiu proibir novamente o uso de sacolinhas de supermercado em São Paulo. A história na capital paulista começou em 2011 com a lei municipal que baniu as sacolas. A Associação dos Supermercados apoiou. O Sindicato das Indústrias Plástico contestou e os consumidores como agora, se dividiram.
“Adoro carregar sacola que eu detesto ficar com um monte de saquinho na minha casa”, diz a vendedora Evani Passareli.
Mas com a ajuda de caixas de papelão e de sacolas reutilizáveis muita gente foi se adaptando. A liberação para que as sacolinhas voltassem a ser distribuídas foi dada em liminar na justiça, mas o comportamento mudou, diz o gerente do supermercado, Antônio Ferreira de Souza.
“A gente percebe que houve sim uma redução do consumo e o que consumidor está mais consciente que a sacolinha é prejudicial ao meio ambiente e ao futuro. Caiu em média de 20% a 25% em relação primeira proibição. Hoje tenho consumo menos 25% que antes”, afirma o gerente.
Ainda não há data para o capítulo final para essa novela das sacolinhas. A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo determina que em 30 dias elas sumam da praça, mas os defensores das sacolas vão recorrer.
“Em 42 outros municípios do estado o próprio TJ disse que é inconstitucional que o município legisle sobre a questão de sacolas plásticas quando já temos uma lei nacional sobre resíduos sólidos que trata de embalagens e sacolas, que são um tipo de embalagem”, diz a presidente Plastivida, Miguel Bahiense.
“Acho que tudo é consciência. Do que você vai fazer com sacolinha e do que você faz. Quer dizer que para mim, eu levo a sacolinha, mas ela não vai prejudicar o meio ambiente”, fala a aposentada Lurdes Benze.
O Procon diz que os estabelecimentos comerciais como supermercados e farmácias, que oferecem sacolinhas, vão ter que informar o consumidor que a distribuição vai acabar. Esses lugares vão ter que colocar cartazes em locais visíveis com a informação.
G1