Para se reproduzir, peixes migram até as nascentes dos rios, onde encontram águas calmas e limpas, apropriadas para a desova. Realizado no período conhecido como piracema, quando vigoram restrições à pesca - oficialmente entre 1º de novembro e 28 de fevereiro, esse movimento dos animais aquáticos contra a correnteza é naturalmente um processo árduo. Com o baixo nível dos rios, provocado pela seca, a migração pode ser ainda mais difícil este ano.
As desovas ocorrem durante as cheias. Portanto, a água do rio precisaria transbordar o seu leito e chegar até a margem para que os peixes conseguissem fazer isso com segurança na cabeceira. Com rios secos, a tarefa fica mais difícil.
Na região, há trechos de recursos hídricos nos quais a seca fez com que as margens das águas recuassem até tornar visíveis algo antes submersos. A proibição do uso da rede como principal ferramenta para a captura dos peixes, os pescadores profissionais ficam impedidos de usar esse tipo de malha durante a piracema. Para compensar a diminuição da lucratividade, eles passam a receber, entre novembro e fevereiro, um auxílio temporário na forma de seguro-desemprego, equivalente a um salário mínimo (R$ 724).
Multa
A multa para quem for pego pescando, pode ser de R$ 700 a R$ 50 mil, dependendo da espécie e tamanho. Em Ibitinga, todos os anos a Polícia Ambiental flagra cidadãos e pescadores desrespeitando o período da piracema.
Denúncias podem ser feitas pelo telefone: 0800-0555-190 ou (16) 3342-4221.