Captadas entre 2004 e 2011, as 100 imagens reunidas em “Gênesis” são apresentadas ao público divididas em cinco seções geográficas. “Planeta Sul” com as paisagens congeladas e os animais da Antártica, do Sul da Geórgia, as Falklands/Malvinas, o arquipélago Diego Ramirez e as Ilhas Sandwich; em “Santuários”, pode-se observar as paisagens vulcânicas, a fauna, as populações, a vida selvagem e a vegetação dos diferentes ecossistemas das Ilhas Galápagos, Nova Guiné, Irian Jaya, os Mentawai da Ilha Siberut e Madagascar; “Àfrica” retrata a vida selvagem, os animais, a população tribal, os desertos e as antigas comunidades do Delta de Okavango, na Botswana, da Ruanda, do Congo e Uganda, da Namibia, Sudan, Líbia, Argélia e Etiópia; “Terras do Norte” traz as paisagens naturais, a vida animal e indígena do Alasca e do Colorado, nos Estados Unidos, do Canadá, da Rússia e da Sibéria; “Amazônia e Pantanal” mostram um pouco da enorme floresta tropical, o Rio Amazonas e a vida de tribos indígenas brasileiras.

A curadora explica que Gênesis é uma busca pelas paisagens terrestres e aquáticas até hoje intocadas, uma viagem em direção aos animais e grupos humanos que conseguiram escapar das transformações impostas pelo mundo contemporâneo.

Em tom de preto e branco as imagens registradas pelas lentes de Sebastião Salgado são capazes de transportar o visitante a tais locais, onde a natureza encontra-se em sua forma mais genuína.

O envolvimento de Sebastião Salgado em questões humanitárias sempre pautou seu trabalho. Em Gênesis não é diferente, uma vez que a exposição tem caráter convocativo. Ao mostrar a beleza dos povos isolados, a exuberância de pontos sagrados e imaculados do planeta, visa sensibilizar o mundo a preservar o meio ambiente e ir além, em busca de reverter os danos já causados.

A exposição já percorreu diversas unidades do Sesc em São Paulo e entre julho de 2014 e julho de 2016 estará presente em mais sete unidades. Em Araraquara, as obras ficam disponíveis para visitação até o dia 20 de setembro.

Morada