Desde ontem foi posto fim a uma era com a proibição da produção, importação e venda de lâmpadas incandescentes no Brasil. No século 19 sua invenção foi revolucionária, mas hoje sua eficiência é colocada em xeque com o advento das lâmpadas compactas econômicas, como as fluorescentes e, mais recentemente, com as de LED.
Marcelo Redondo, gerente de uma empresa de materiais elétricos, diz que a eficiência dos novos modelos é o diferencial na relação custo-benefício.
Ele diz que já há diferença nos preços, desde o lançamento dos modelos. “A aposta, agora, é que, com a produção em larga escala, os preços caiam. Já tenho lâmpadas compactas econômicas a partir de R$ 7,90, enquanto as de LED na faixa de R$ 29.”
E o mercado já apresenta aquecimento. Desde o ano passado, as vendas dobraram. “Antes mesmo de proibirem as incandescentes, cerca de 90% dos clientes que chegavam aqui procuravam pelos modelos econômicos.” Apenas na loja de Redondo, cerca de 5 mil lâmpadas compactas e outras mil de LED são vendidas mensalmente.
Lâmpadas econômicas reduzem até 30% a conta
Muitos consumidores eram reticentes em levar lâmpadas econômicas para casa e optavam pela incandescente por conta do preço. Estas custavam cerca de R$ 3, enquanto as mais modernas passavam fácil pelo triplo do valor.
“No entanto, colocando na ponta do lápis, a economia é real. Ao substituir as lâmpadas, é possível garantir a mesma intensidade de luz consumindo muito menos. E isso vai refletir na conta de energia”, diz Marcelo Redondo, gerente de uma loja de materiais elétricos de Araraquara.
Segundo ele, ao trocar todas as lâmpadas de uma casa pelas econômicas, é possível reduzir em mais de 30% a conta de energia. A lâmpada incandescente mais comum, de 60 W, tinha eficiência de apenas 5%.
Uma lâmpada compacta garante a mesma luminosidade consumindo apenas 15 W. No caso do LED, a economia é ainda maior: a mesma intensidade é garantida com uma lâmpada de apenas 9 W. A queda no consumo é de 80% a 85%.
A durabilidade é outro ponto-chave. Enquanto as lâmpadas incandescentes têm vida útil de mil horas, em média, as compactas chegam a durar entre 6 mil e 8 mil horas, enquanto as de LED, por sua vez, ultrapassam as 40 mil horas de resistência.
Tribuna Impressa