A Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos aumentou de 110 para 148 o número de vagas que serão oferecidas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) em 2017. No campus em Pirassununga, a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos vão oferecer 80 vagas para o processo que usa a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para selecionar os candidatos e candidatas.
Na noite desta terça-feira (12), o Conselho Universitário (CO) aprovou na capital a destinação de 2.338 vagas na graduação. A quantidade equivale a 21,1% do total de vagas do vestibular de 2017 (11.072).
Em São Carlos, o Instituto de Química (IQSC), por exemplo, vai oferecer 20% das vagas, enquanto o Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) oferecerá 30%. O curso não tinha sistema de cotas por causa da prova de habilitação, em que os estudantes tinham que até o campus para fazer desenhos específicos da área. Agora esse teste foi cancelado.
“A gente vai avaliar o desempenho dos alunos, promover algumas mudanças em algumas disciplinas no primeiro semestre e verificar isso ao longo do ano”, disse Joubert José Lancha, vice-diretor do IAU.
Distribuição de vagas
A direção de cada curso decide se quer abrir vagas para o sistema de cotas e quantas serão. A Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) é a única que não faz parte do processo.
No ano passado as outras unidades da USP em São Carlos já tinham aderido ao sistema, como o Instituto de Física (IF), que manteve os 30% de vagas. O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) também: são 28% para o Sisu.
Preparação
O estudante Leandro Henrique Nunes dos Santos se prepara para o Enem. O jovem vai prestar química, curso que terá reserva de vagas pela primeira vez. “Acho bom porque mais alunos de escolas públicas vão poder entrar na faculdade, melhorar seu futuro e conseguir um bom emprego”, disse.
Aos 15 anos, o estudante Felipe Cardoso também sonha em cursar uma universidade pública. Como não tem computador em casa, ele usa os equipamentos da escola para fazer os simulados do Enem. “É nossa obrigação como educadores disponibilizar isso e incentivar os alunos para que eles também se sintam mais a vontade, mais seguros para fazer a prova e que consigam alcançar o projeto de vida deles”, disse Geraldo de Oliveira, diretor da escola.
G1