Na segunda-feira 09, a prefeita Cristina Arantes informou a população através de rede social, que uma empresa começou a realizar uma auditoria na Santa Casa. Em entrevista, no seu gabinete, no dia 11, Cristina revelou que “só um diagnóstico completo da Santa Casa poderá revelar a real situação do hospital”, disse. No dia 29 dezembro, a então interventora da Santa Casa, Ana Paula Reis Céu, informou que a entidade possui R$ 22 milhões em dívidas, e apontou que parte das dívidas, é do governo anterior a gestão Florisvaldo. Sobre o valor apresentado pelos antigos administradores, Cristina relatou que pretende realizar a própria auditoria. Desde o dia 1º de janeiro, Cristina é a nova interventora judicial da Santa Casa.
Fim da intervenção
No dia 07 de dezembro, uma reunião entre o Ministério Público de Ibitinga e a prefeita Cristina, resultou em um prazo de 180 dias para que um estudo possa avaliar se é frutífero manter a Santa Casa em funcionamento. Na época, o 1º Promotor de Justiça, Dr. André Orlando Gândara, afirmou que neste prazo será possível identificar se existe saída para o impasse das dívidas. “Nos primeiros seis meses vai dar pra fazer uma análise das contas para ver se é viável manter a Santa Casa funcionando”, explicou o promotor. O prazo começou no último dia 1º de janeiro.
Nesssa semana, Cristina afastou a possibilidade de 'municipalizar' o hospital. “A prefeitura já está com um limite de 52% da folha de pagamento destinada para o pagamento de funcionários”, justificou. A prefeita também afastou a possibilidade de fechamento, mas afirmou que espera o resultado da nova auditoria, para saber qual será o melhor caminho para o fim da intervenção.
Fim do Prazo
O Ministério Público de Ibitinga pediu na justiça o fim da Intervenção Judicial da Santa Casa e Maternidade de Ibitinga. Um acordo entre a prefeitura, e o Poder Judiciário, realizado no início do segundo semestre deste de 2016, determinou que a Intervenção Judicial da Santa Casa deveria terminar no dia 31 de dezembro de 2016. O argumento do MP é que o hospital deve ter sua própria administração. Do jeito que está, a Santa Casa não é algo particular, por causa da intervenção, mas também não é público. “Ou fecha, ou o estado assume, ou um grupo de pessoas particulares assume”, explicou o promotor sobre a possibilidade de fechar a Santa Casa, em dezembro. Para ele, é preciso terminar a intervenção da entidade, e para isso, alguém deve assumir aquela administração.
A intervenção da Santa Casa, que ocorreu no dia 11 de abril de 2003, por decisão judicial, deveria ser algo temporário, mas com o passar do tempo passou a ser algo definitivo. A intervenção ocorreu devido a necessidade de se manter o atendimento em funcionamento, algo que estava comprometido. Com a intervenção, convênios com a prefeitura vêm sendo realizados para investir dinheiro naquela instituição.