Em um dia, incêndios florestais destruíram 26 hectares de áreas de preservação permanente em oito unidades de conservação no Estado de São Paulo. A área queimada equivale à medida de trinta campos de futebol. Entre a manhã do último dia 27 e a madrugada da sexta-feira, 28, o fogo atingiu sete reservas estaduais e uma federal, conforme registros feitos por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esses incêndios já foram debelados.
A queimada maior consumiu 12 hectares (120 mil metros quadrados) da Área de Proteção Ambiental (APA) de Ibitinga, na região central do Estado. A unidade de conservação estadual, formada pelas várzeas dos rios Jacaré-Pepira e Jacaré-Guaçu, é conhecida como Varjão ou Pantaninho por causa da grande biodiversidade, abrigando animais como onça-parda, lobo-guará e veado-campeiro.
Além de Ibitinga, um incêndio destruiu seis hectares na APA Sistema Cantareira, reserva protetora do con junto de represas que abastece a Região Metropolitana de São Paulo. Outros três hectares foram queimados na área de proteção da Represa da Usina, em Atibaia. Outros 10 mil m² da Floresta Nacional (Flona) de Ipanema, em Iperó, foram destruídos. Outras áreas como a APA de Cajamar, na Serra dos Cristais, entre Jundiaí e Cajamar; APA Piracicaba Juqueri-Mirim Área I, em Joanópolis; APA Piracicaba Juqueri-Mirim Área II, em Pedra Bela; e APA Corumbataí Botucatu Tejupá, em Bofete, também sofreram queimadas, conforme o INPE identificou com os satélites, que apontavam 19 queimadas em todo o Estado, no início da tarde, dia 28. No dia anterior, tinham acontecido 20 queimadas e, na quarta-feira, 26, foram 86 incêndios.
No acumulado deste ano, o Estado soma 1.210 queimadas. Em todo o ano de 2016, houve 1.569 queimadas. Os satélites do instituto registram áreas queimadas a partir de 10 mil metros quadrados.