Ibitinga, Sábado, 23 de Novembro de 2024
"Mulheres Alteradas" estreia nos cinemas
Comédia trata de impasses femininos com descontração; filmes que têm mulheres como protagonistas se tornaram um filão
A atriz Alessandra Negrini vive papel de workaholic para quem o segredo do sucesso é nunca se apaixonar

  Elas têm de suportar o fiu-fiu nas ruas, fogem do ex na balada, levam os filhos para a escola, julgam o cara pelo que ele mantém na geladeira, discutem com o marido o tamanho do biquíni...

   “Mulheres Alteradas”, que estreia hoje nos cinemas, não é bem um filme feminista, mas vindo na esteira de #MeToo, de Time’s Up e da escassez de protagonistas femininas no cinema, acaba hasteando uma bandeira involuntária. “Nenhuma das mulheres se estapeia por homem no filme. Me poupe, né? Não suporto mais ver isso”, diz Alessandra Negrini, que faz uma das tais protagonistas alteradas.

   E alterada, avisa o filme logo no início, não é louca, é “uma mulher que está mudando”. A frase vem da cartunista argentina Maitena Burundarena, autora das tirinhas que se tornaram fenômeno editorial a partir da década de 1990 e que inspiram essa comédia.

  Além de Alessandra Negrini, coube também às atrizes Deborah Secco, Maria Casadevall e Monica Iozzi viverem arquétipos dessas mulheres em transformação.

  A primeira é a workaholic para quem o segredo do sucesso é nunca se apaixonar. Deborah interpreta Keka, que tenta recuperar um casamento moribundo. Maria faz a trintona que cogita sossegar da vida de baladeira. E Monica vive uma mãe que vê sua vida social minguar ao som da choradeira dos filhos pequenos. “Elas estão vivendo picos de estresse”, diz Monica. “Por serem mulheres, são chamadas de loucas. Mas se fossem homens, diriam que precisariam de massagenzinha no pé.”

   A atriz conta que já era fã das tirinhas de Maitena desde a época em que trabalhava em livraria. “E lia quando não tinha cliente na loja”, diz Monica. A mensagem das HQs, contudo, teve de ser ajustada para um mundo pós-Time’s Up. Piadas com celulite não colam. “Maitena esteve à frente do tempo por falar sobre mulheres em meio a cartunistas homens, mas as questões hoje são outras”, diz Maria.

Faturamento

  Imbuídos ou não de mensagens feministas, filmes que têm mulheres como protagonistas já se tornaram um filão.

   No ano passado, “Mulher-Maravilha” quebrou recordes e se tornou o oitavo filme de super-herói mais visto da história. Neste ano, “Oito Mulheres e um Segredo” estreou faturando mais do que os demais títulos de sua franquia, com elenco masculino.

   Mesmo no Brasil, os números são bons para elas. “De Pernas pro Ar”, “De Pernas pro Ar 2”, “Loucas pra Casar” e “Tô Ryca” são todos exemplos de sucesso de bilheteria com protagonistas mulheres. Juntos, somam mais de 13 milhões de ingressos vendidos. (Folhapress)

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