A bombeira Kelly Cristina Guim, é a primeira mulher a trabalhar nesta função no Corpo de Bombeiros de Ibitinga, desde que a corporação foi inaugurada, em 02 de junho de 2000. Depois de quatro anos e meio trabalhando na Polícia Rodoviária Estadual, em São Paulo, Kelly pediu transferência para o Corpo de Bombeiros, e desde novembro de 2017, está trabalhando em Ibitinga.
“Eu gostava, mas sempre quis vim trabalhar com os Bombeiros”, explicou Kelly, que ainda é personal trainer. Depois de aceita para transferência, Guim fez um curso especializado para Bombeiros, em Franco da Rocha, e conseguiu vir trabalhar em Ibitinga, depois de conseguiu classificação por nota. “Não abriu vaga para a minha cidade, que é São José do Rio Preto, mas por causa da minha classificação eu consegui escolher aqui, que é mais próximo de lá”, explicou.
Mesmo já adaptada na nova corporação, Guim já se inscreveu para ser transferida para sua cidade; quando abrir uma nova vaga na corporação daquela cidade.
Todos iguais
“A Kelly veio representar a Mulher aqui em Ibitinga de uma forma extraordinária. Eu seu que é difícil comparar o homem com a Mulher, mas ela, em momento algum deixa a desejar em serviços de um bombeiro”, explicou o Comandante da base de
Bombeiros de Ibitinga, o PM 2º Sargento Daniel Luís Evangelista. “Em algumas ocasiões ela supera, e muito, o time masculino”, avaliou o comandante.
Mulher
Mesmo sabendo que é a primeira mulher a operar na profissão no município, Kelly explica que outras mulheres poderão vir, e cada vez mais, trabalhar no ofício que exige coragem.
“Foi bem engraçado porque logo no começo quando eu cheguei aqui, a gente saía para as ocorrências, e a molecada; não só a molecada, como os adultos também, estranhavam”, revelou. “Eu descia do Resgate, no atendimento assim, e todo mundo falava – é uma mulher, é uma mulher; parecia... parecia não; nunca ninguém viu. Era até engraçado”, relembra.
Se tudo correr bem nos planos de Kelly Guim, ela deixará Ibitinga e seguirá para S. José do Rio Preto, ainda sem data definida, assim que tiver oportunidade de transferência.
“Agora que tem alojamento, e as portas sempre abertas, é provável que venha mais bombeiras pra cá”, disse Kelly.