A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu na sua sede, uma coletiva de imprensa para a exposição do balanço do agronegócio em 2018 e das perspectivas para a área em 2019. Na abertura do evento, o presidente da CNA, João Martins, falou sobre a necessidade de avançar na defesa de interesses do agro no exterior e das mudanças que a instituição vem realizando em prol do produtor rural. Nas palavras dele: “A agropecuária brasileira produz, atual-mente, alimentos para mais de 1 bilhão e 200 mil pessoas. A população brasileira é de 240 milhões, nesse sentindo temos uma sobra no que produzimos e, essa, precisa ser colocada no mercado externo”, revelou João Martins.
De acordo com o superintende da CNA, Bruno Lucchi, o setor agropecuário foi prejudicado em 2018 pelo ambiente institucional, em razão da greve dos caminhoneiros e do tabelamento do frete, fatores que provocaram a alta dos preços dos alimentos e dos fertilizantes. Os produtores também conviveram com o clima desfavorável, o aumento dos custos de produção e a queda dos preços e de rentabilidade.
Entretanto, as previsões para o próximo ano são otimistas. Dentre as perspectivas, está uma safra maior de grãos, devido ao clima mais favorável. Deve haver ainda um crescimento de 2% no Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio. Além disso, a entidade prevê uma alta de 4,3% no Valor Bruto da Produção (VBP), que mede o faturamento da atividade agropecuária.
No contexto político, foi avaliado a necessidade da conclusão das reformas tributárias e da previdência no novo governo para melhorar o crescimento do setor. Outros pontos importantes para 2019 são a melhoria nas condições de infraestrutura e logística, segurança no campo, introdução de marcos regulatórios e a ampliação da assistência técnica e gerencial para produtores com o objetivo de propor a melhoria da renda do setor agropecuário.
No cenário internacional, a Confederação volta suas expectativas na conclusão dos acordos comerciais em negociação com Coreia do Sul, México, Canadá e outros mercados, com medidas que promovam a facilitação do comércio e a redução de tarifas.
Outras prioridades no comércio exterior são: a diversificação da pauta exportadora; a inclusão de pequenos e médios produtores no processo de exportação e fortalecimento das relações comerciais com países asiáticos.
De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Ibitinga com extensão de base em Tabatinga, Sérgio Quinelato, para 2019 existe uma expectativa bem superior ao ano anterior, que foi bastante atípico ao agronegócio no Brasil. “Esperamos que o ano vindouro seja para a agricultura e pecuária mais promissor”, disse Quinelato