As frequentes queimadas de cana-de-açúcar, comuns nesta época do ano, podem manifestar determinados problemas respiratórios na população. A fuligem da cana atinge as casas e pode m causar doenças como asma, bronquite e rinite.
Segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) a qualidade do ar no último dia 21, nas regiões de Araraquara, Marilia, Catanduva e Jaú, estavam regular, marcando um índice entre 51 / 100, onde pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas), podem apresentar sintomas como tosse seca e cansaço. O índice de 101 à 199, já é considerado inadequado, como registrado no distrito industrial de Cubatão SP.
Queimadas
Mesmo sendo identificada, as queimadas não só produzidas pelos usineiros. Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), entre os dias 01 até o dia 21 de julho, o estado de São Paulo registrou 2.863 queimadas provocadas por todos os tipos de finalidades, na área urbana e rural. Algumas das queimadas são provocadas para limpar terrenos e renovar pastagens. De todas as queimadas neste mês, até o dia 21, na nossa região, o maior número de queimadas ocorreu em Jaú com 37 queimadas, Jaboticabal com 34, Pederneiras com 30 queimadas, seguidas por Ribeirão Bonito com 24, Arealva 19, Bauru também com 19, Novo Horizonte 17, Araraquara 15, Bariri 12, Gavião Peixoto 11, Itápolis 10, Borborema 9, e Ibitinga “apenas” com 4 queimadas. Em todo o estado, no período pesquisado (01 à 21/07), as cidade de Andradina, com 59 queimadas e Morro Agudo, com 50, lideraram o ranking das queimadas.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Ibitinga, este ano 21ocorrências de incêndios foram registradas, contra 109 no ano de 2010.
Um acordo entre o estado e o setor sucroalcoleiro, poderá dar fim a queimada de cana de açúcar em 2014. Se ocorrer, São Paulo será o primeiro estado do país a eliminar a prática de queimadas na colheita da cana.
Alergias
Existem vários tipos de alergia. Para o doutor Clóvis Eduardo Santos Galvão, é secretário da regional São Paulo da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), as principais causas de internação acontecem por alergias respiratórias. “A alergia é uma resposta de defesa do organismo, que ocorre de forma exagerada, provocando sintomas que incomodam a pessoa, como coceira, tosse, coriza, entre outros. No caso da asma, que é uma alergia respiratória, pode até matar”, afirma.
Segundo Galvão, a alergia não é uma doença que ‘pega’. Ela ocorre apenas nos indivíduos que têm predisposição genética. “Quando há a predisposição genética, o paciente vai produzir anticorpos contra substâncias comuns no ambiente, que provocam inflamações no nariz ou nos pulmões. Essas inflamações vão levar aos sintomas alérgicos”, explica. O tratamento é feito através do controle do ambiente para diminuir a exposição ao agente causador da alergia. “A pessoa não tem como evitar a poluição do ar decorrente das queimadas, mas ela deve limpar sempre as áreas externas em época de safra, para evitar que a fuligem entre para o interior da casa”, explica. Dr. Clóvis.