Os funcionários do polo do Projeto Guri em Ibitinga entraram em aviso prévio nesta sexta-feira (29), segundo relatos de fontes que preferem o anonimato. O motivo é o possível encerramento do programa após a Secretaria da Cultura do Estado não ter dado garantias de pagamento dos recursos necessários para que o projeto continue funcionando.
Polo em Ibitinga
Nas redes sociais, a prefeita Cristina Arantes lamentou a decisão, que segundo ela, os funcionários seguirão trabalhando até o final de abril. Segundo a prefeita, além de Ibitinga, outros 119 polos do projeto fecharão no estado. Em Ibitinga são 220 crianças atendidas, e destas, 36 em estado de vulnerabilidade social.
Aqui, crianças e adolescentes, com idade entre 06 e 18 anos, podiam aprender aulas de Cavaco, Coral, Coral Infantil, Coral Juvenil, Percussão, Viola Caipira e Violão. As aulas acontecem no prédio da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ibitinga (FAIBI), de 3ª e 5ª, das 8 às 11hs, e das 13:30 às 17:30 horas.
Governo
Por meio de nota, a associação Amigos do Guri, responsável pela administração dos polos do projeto Guri no interior e litoral do Estado, afirma que não obteve da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo João Doria (PSDB), informa que estudos realizados pela organização indicaram a necessidade de um possível fechamento de polos na região. "O Projeto Guri segue em negociação com a Secretaria para reverter essa situação", conclui. Atualmente, o projeto atende mais de mil crianças e adolescentes na região.
O Governo do Estado afirma que a medida ainda não é definitiva, embora confirme que impacto do contingenciamento nos programas, instituições e ações pasta está sendo avaliado. A secretaria afirma que negocia com as organizações sociais responsáveis pela administração do projeto para "minimizar as consequências e buscar mais eficiência e mais eficácia".
"Estamos fazendo reuniões individuais com cada uma das 18 organizações sociais, incluindo as gestoras do Projeto Guri, para definir as prioridades e os ajustes necessários. Trata-se de um imperativo da realidade orçamentária do Estado", afirma a pasta, também através de nota.