Com 90 anos de idade, Honório Biasotto, agricultor e associado do Sindicato Rural de Ibitinga com extensão de base em Tabatinga desde 1997 contou um pouco de suas experiências no campo e também enfatizou por ter chegado até aqui com saúde. O senhor Honório, nasceu em 1929, começou a trabalhar desde sua adolescência na propriedade de seu falecido pai. Casou-se com Vitalina Batista Biasotto, tem duas filhas: Irma Biasotto da Silva e Wilma Biasotto Supino. Também tem quatro netos e um bisneto.
Atualmente, o produtor arrenda uma de suas propriedades de plantio de cana-de-açúcar para uma usina e também trabalha com gado de leite, mas devido a sua idade e muito trabalho já está encerrando com esta atividade. Uma de suas maiores paixões é o trabalho com couro cru, onde aprendeu quando era criança com um tio seu que trabalhava com este segmento há anos.
O agricultor contou que aprendeu a trançar cintos, laços, chapéus, carro de boi, objetos de enfeites e entre outras peças. “Essa atividade foi muito importante na minha vida, com ela paguei os estudos das minhas filhas e fui crescendo aos poucos, aprendendo novas técnicas e conseguindo novos clientes”, disse o senhor Honório. Experiente neste segmento, o Honório sempre teve clientes por todo o Brasil e inclusive já fabricou peças para serem exportadas para os Estados Unidos. Atualmente, o produtor não trabalha mais com esta atividade, porém, tem um acervo em sua casa com peças feitas por ele mesmo, onde suas filhas têm orgulho de mostrar para quem os visitam.
Paixão pela poesia e pela música
O senhor Honório, sempre foi apaixonado pela agricultura, pela poesia e a música. Quando era criança mesmo com poucos estudos, as letras de poesias e canções vinham em sua mente de uma forma surpreendente. O produtor contou que oportunidades para crescer na área artística não faltou, porém, como tinha casado a pouco tempo, decidiu investir mais na sua família com a agricultura e deixou a poesia e a música como um hobby.
Um de seus poemas favoritos é “O Velho do Carro do boi”, que um dos trechos fala da seguinte forma: “A emoção de um velho carreiro, se lembra o que já se foi, as lágrimas cai dos meus olhos, olhando este carro de boi. Quando eu fui moço eu fui carreiro, oito bois meu pai amansou, com o progresso de hoje, o carro de boi parou”.