O leasing para comprar veículos perde mercado para as modalidades praticadas no Crédito Direto ao Consumidor (CDC) em Ribeirão Preto. A queda é de médios 80% nas concessionárias da cidade. Um dos motivos é que as taxas de operação são praticamente as mesmas do CDC para novos e usados.
Balanço da Associação Nacional das Financeiras de Montadoras (Anef) mostra queda na modalidade de 19% no primeiro semestre deste ano, na comparação a igual período de 2010.
Miguel Oliveira, vice-presidente da Anefac, a associação nacional que representa executivos de finanças, administração e contabilidade, informou que o leasing não pagava compulsórios até o fim de 2010, o que o financiamento pelo CDC (normal) cobrava. "O governo exige so na modalidade", diz.
Segundo Oliveira, a taxa média, que varia conforme a administradora e o prazo do empréstimo, é de 1,9% para as duas modalidades.
Roseli Lemos Torres, supervisora de vendas da Itacuã, também observa que a alienação é um dos motivos da preferência para aspessoas físicas. No leasing, quem compra paga as parcelas, mas o carro é de propriedade de financeira até que a dívida seja paga. "Pode complicar as transações que a pessoa possa fazer no futuro", diz.
Para Elieser Fraga, diretor da Kia Motors em Ribeirão Preto, que opera de 2% a 3% com vendas por leasing, a explicação está nos descontos. "O CDC pode ser pago de trás para a frente e o leasing não permite isso", diz.
Fonte: Jornal A Cidade