No último dia 17 de agosto, 20 representantes da cadeia produtiva da laranja na região reuniram-se no Sindicato Rural de Ibitinga e Tabatinga (SRI) para debater aspectos do manejo regional no combate ao Greening. Unânimes na necessidade de maior divulgação do período estipulado para a realização da pulverização na região – entre os dias 01 e 08 de cada mês – os presentes debateram idéias de campanhas, problemas no campo e também a correta utilização de inseticidas na pulverização dos pomares.
A escolha do início de cada mês como período ideal para a realização do manejo regional foi feita no final de junho, em uma reunião realizada em Ibitinga por citricultores e especialistas da área. O manejo do psilídeo Diaphorina Citri realizado em conjunto entre os citricultores é a forma mais eficiente de controle, pois os insetos doentes podem transmitir a bactéria por longos períodos e, possivelmente, a longas distâncias se não forem controlados. “Temos consciência de que o manejo regional é a solução definitiva para esse grave problema da citricultura e a intenção do grupo de trabalho constituído é, justamente, ajustar os procedimentos e divulgar as melhores formas de realização dessa prática, para que ela não seja utilizada de forma indiscriminada, mas ao contrário, de maneira correta e ecológica, para preservar essa atividade tão importante para o país e, ao mesmo tempo, o meio ambiente”, ressalta Frauzo.
O controle químico deve ser realizado de forma criteriosa e, de acordo com especialistas da área, seu sucesso está diretamente relacionado a três fatores básicos: a escolha de um bom produto, a realização da aplicação no momento certo e a aplicação bem realizada.
“Para uma boa aplicação deve-se levar em consideração a regulagem e caloração do turbopulverizador e não o volume de calda aplicado. É importante colocar o produto de forma correta no alvo, com o mínimo de desperdício e contaminação do ambiente, e escolher os produtos mais seletivos, registrados para a praga e presentes na lista PIC, para não causar grande mortalidade aos inimigos naturais da planta. Também é sempre bom fazer a rotação do inseticida, de diferentes grupos químicos, para evitar a resistência do psilídeo a inseticidas”, aponta o engenheiro agrônomo da Citrus Brasil, Alexandre de Moraes.
A importância da adesão de todos os citricultores ao manejo regional está no fato de que a aplicação conjunta (de 01 a 08 de cada mês) diminui em maior quantidade os insetos vetores (pslídeos) do Greening do que as aplicações isoladas, isso porque o inseto muda muito rápido de área. “O ideal seria que todos fizessem juntos e com o mesmo ingrediente ativo de inseticida, se possível, com aplicação aérea. Assim, o nível de controle do inseto vetor seria muito maior e, é claro, muito melhor para todos”, conclui o também engenheiro agrônomo, José Cláudio Jorge.
PRINCIPAIS ERROS NA APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS
- uso de produto inadequado
- equipamento desregulado
- dose incorreta (sub e super dosagem)
- momento de aplicação incorreto
- aplicação com condições climáticas inadequadas
- água de má qualidade utilizada para mistura do agrotóxico no tanque
- escorrimento e gotejamento
- sobreposição de aplicação
As condições limites para uma pulverização são:
- Umidade relativa do ar mínima de 55%
- Velocidade do vento – de 3 a 10 km/h
- Temperatura abaixo de 30º