Ibitinga, Terça, 26 de Novembro de 2024
Citricultores da região devem se unir contra o Greening na próxima semana
No início de setembro, entre os dias 01 e 08, os citricultores de Ibitinga e da região devem se unir na realização do manejo regional para o combate ao Greening

    No último dia 17 de agosto, 20 representantes da cadeia produtiva da laranja na região reuniram-se no Sindicato Rural de Ibitinga e Tabatinga (SRI) para debater aspectos do manejo regional no combate ao Greening. Unânimes na necessidade de maior divulgação do período estipulado para a realização da pulverização na região – entre os dias 01 e 08 de cada mês – os presentes debateram idéias de campanhas, problemas no campo e também a correta utilização de inseticidas na pulverização dos pomares.

   A escolha do início de cada mês como período ideal para a realização do manejo regional foi feita no final de junho, em uma reunião realizada em Ibitinga por citricultores e especialistas da área. O manejo do psilídeo Diaphorina Citri realizado em conjunto entre os citricultores é a forma mais eficiente de controle, pois os insetos doentes podem transmitir a bactéria por longos períodos e, possivelmente, a longas  distâncias se não forem controlados. “Temos consciência de que o manejo regional é a solução definitiva para esse grave problema da citricultura e a intenção do grupo de trabalho constituído é, justamente, ajustar os procedimentos e divulgar as melhores formas de realização dessa prática, para que ela não seja utilizada de forma indiscriminada, mas ao contrário, de maneira correta e ecológica, para preservar essa atividade tão importante para o país e, ao mesmo tempo, o meio ambiente”, ressalta Frauzo.

 

   O controle químico deve ser realizado de forma criteriosa e, de acordo com especialistas da área, seu sucesso está diretamente relacionado a três fatores básicos: a escolha de um bom produto, a realização da aplicação no momento certo e a aplicação bem realizada.

 

   “Para uma boa aplicação deve-se levar em consideração a regulagem e caloração do turbopulverizador e não o volume de calda aplicado. É importante colocar o produto de forma correta no alvo, com o mínimo de desperdício e contaminação do ambiente, e escolher os produtos mais seletivos, registrados para a praga e presentes na lista PIC, para não causar grande mortalidade aos inimigos naturais da planta. Também é sempre bom fazer a rotação do inseticida, de diferentes grupos químicos, para evitar a resistência do psilídeo a inseticidas”, aponta o engenheiro agrônomo da Citrus Brasil, Alexandre de Moraes.

 

   A importância da adesão de todos os citricultores ao manejo regional está no fato de que a aplicação conjunta (de 01 a 08 de cada mês) diminui em maior quantidade os insetos vetores (pslídeos) do Greening do que as aplicações isoladas, isso porque o inseto muda muito rápido de área. “O ideal seria que todos fizessem juntos e com o mesmo ingrediente ativo de inseticida, se possível, com aplicação aérea.  Assim, o nível de controle do inseto vetor seria muito maior e, é claro, muito melhor para todos”, conclui o também engenheiro agrônomo, José Cláudio Jorge.

 

PRINCIPAIS ERROS NA APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS

- uso de produto inadequado

- equipamento desregulado

- dose incorreta (sub e super dosagem)

- momento de aplicação incorreto

- aplicação com condições climáticas inadequadas

- água de má qualidade utilizada para mistura do agrotóxico no tanque

- escorrimento e gotejamento

- sobreposição de aplicação

 

As condições limites para uma pulverização são:

- Umidade relativa do ar mínima de 55%

- Velocidade do vento – de 3 a 10 km/h

- Temperatura abaixo de 30º

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