Pesquisadores do Laboratório do Estudo da Dor e Funcionalidade no Envelhecimento (Ladorfe), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), estão buscando por voluntários para participarem de um estudo relacionado à dor lombar crônica inespecífica (DLCI) em adultos e idosos.
O trabalho é realizado pela graduanda em Gerontologia da UFSCar, Maria Júlia da Cruz, Souza, sob orientação da docente do Departamento de Gerontologia (DGero) e coordenadora do Ladorfe, Karina Gramani Say, com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Interessados podem ser de qualquer região do país, homem ou mulher, com 18 a 59 anos e que apresentem dor lombar crônica há mais de seis meses. Haverá novo grupo no próximo ano para pessoas acima de 60 anos de idade.
Para participar, é necessário preencher o formulário online até o dia 8 de janeiro de 2021. Outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail dor.ufscar@gmail.com.
Sobre a dor lombar
A dor lombar crônica ocorre na região lombar inferior e pode irradiar para as pernas, com duração maior do que três meses. Quando a causa da dor não está relacionada à alteração estrutural, lesão óssea ou articular, escoliose ou lordose acentuada, ela é considerada inespecífica.
De acordo com a docente da UFSCar, estudos mostram que a DLC é experimentada por 70% a 80% dos adultos em algum momento da vida.Segundo estudos publicados no “The Lancet”, ela é a principal causa de incapacitação no trabalho e afeta em média 540 milhões de pessoas em todo o mundo.
Pesquisa
Educação em Neurociência da Dor consiste, em linhas gerais, em ensinar o paciente a compreender o processo fisiológico da dor e encará-la como um mecanismo de sobrevivência cujo propósito é proteger o corpo. Além disso, implica em mostrar que a dor também está no cérebro e não é apenas uma sensação física.
Diante disso, o objetivo do estudo é avaliar a influência da Educação em Neurociências da Dor, associada ao método de pilates, no entendimento, na intensidade e no enfrentamento da DLCI em pacientes adultos e idosos, com uso ou não de abordagens educativas.
As atividades serão iniciadas em janeiro de 2021. O projeto contemplará avaliações iniciais e finais, três sessões de Educação em Neurociências da Dor, 12 sessões de pilates e, também, o uso de uma cartilha e de um aplicativo para orientações.
Fonte: G1