O aumento da radiação solar, em função da ação do homem sobre a natureza, é uma realidade que desfavorece a qualidade de vida do trabalhador rural.
A pele exposta ao sol pode apresentar uma série de lesões, que podem variar desde manchas benignas (claras ou escuras), feridas que não cicatrizam e até mesmo o câncer de pele.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCa) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, o câncer de pele é o mais frequente em todas as regiões geográficas do país. Corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados e está diretamente relacionado à exposição ao sol. Nos últimos anos, o aumento dessa incidência tem alarmado a comunidade médica.
Por isso, o trabalho no tempo deve ser foco de instruções no que tange a proteção, tornando-se necessário conscientizar e esclarecer sobre os cuidados e procedimentos a serem adotados durante as atividades. O trabalhador que fica exposto ao sol, muitas vezes, em horários contra-indicados à exposição deve se utilizar de protetor solar e esta prática deve fazer parte da rotina de trabalho.
“Trabalhadores rurais precisam amenizar o impacto direto com o sol utilizando chapéus, guarda-sóis, óculos escuros e filtro solar durante a atividade profissional ao ar livre, com o fim de minimizar a exposição em horários em que os raios são intensos, ou seja, das 10 às 16 horas”, diz o dermatologista Décio Cunha Viana Filho.
É bom lembrar também que a exposição ao Sol, quando adequada, é fonte de saúde, pois a partir dela o organismo produz a vitamina D, fundamental ao crescimento ósseo.