Ibitinga, Domingo, 24 de Novembro de 2024
França protesta contra a reforma da previdência
Diferente do Brasil, população reclama se aumentar mais dois anos de contribuição

       Em um cenário de caos, a França enfrenta nesta quinta-feira o oitavo dia consecutivo de protestos e greves contra os planos do governo para a reforma do sistema previdenciário. Grande parte da população devem aderir ao movimento que parou o país e afeta sobretudo o setor de transportes - um em cada seis postos de gasolina enfrenta escassez de combustível. Com a proximidade da votação do projeto, que deve acontecer na quarta-feira, a instabilidade cresce ainda mais.

         Funcionários públicos, lixeiros, professores, motoristas de caminhão e dezenas de outros sindicatos aderiram à paralisação. Mais de 2.500 postos de gasolina, dos 12.500 de todo o país, não têm combustível.  Estudantes também foram às ruas e há casos de confrontos com os policiais. Conforme o ministério da Educação, a atividade de 379 colégios está prejudicada. A Federação Independente e Democrática de Liceus (FIDL), calcula em 1.200 o número de colégios envolvidos nos protestos.

   Apesar de a data prevista para aprovação do projeto no Senado ser, o debate deve se estender até o fim da semana, junto com a mobilização popular nas ruas. Em uma tentativa de adiar a votação, senadores de esquerda apresentaram centenas de emendas à medida, que é altamente impopular entre os franceses. Na segunda, porém, o presidente Nicolas Sarkozy afirmou que não abrirá mão da reforma, mesmo com toda o caos no país.

   "Essa reforma é essencial e a França irá implementá-la", avisou Sarkozy. "Mas é perfeitamente normal que haja preocupação e oposição em relação a ela”, ressalvou. O bloqueio das refinarias, que começou na sexta-feira passada, continua nesta semana, apesar das advertências do governo de que elas serão reabertas, mesmo que pela força. Sarkozy formou um gabinete de crise para proteger os reservatórios e possivelmente adotar medidas de emergência.

      Enquanto isso, no Senado, continua a tramitação do projeto de lei que reforma a previdência francesa. O projeto inclui aumentar de 60 para 62 anos a idade mínima de aposentadoria e de 65 para 67 anos a idade para aposentadoria integral. O trâmite no Parlamento deve terminar com um voto sobre a totalidade do texto na quinta à noite ou, mais provavelmente, na sexta-feira.

   Outro probelma agora é o número de estabelecimentos que começa a sentir os efeitos da escassez. Segundo dados anunciados, dos 4.000 postos nos hipermercados que distribuem 60% do combustível na França, há quase 1.500 sem combustível, o que significa até 25% da capacidade de distribuição interrompida.

  

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