Paralisada

  Um ofício do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), encaminhada para a Câmara de Vereadores, relatou que a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) de Ibitinga está fora de operação. O ofício foi assinado pelo gestor Frauzo Ruiz Sanches, em data desconhecida, e ainda, o documento, também foi assinado digitalmente pela prefeita Cristina Arantes, no último dia 11.

Dejetos em córrego

   No documento, o SAAE informa que a Estação de Tratamento de Esgoto não está funcionando, e que está despejando o esgoto, em um córrego, próximo a Estação Elevatória de Esgoto (EEE), no Jd. Ipê. O documento foi lido na Sessão da Câmara de Vereadores, da terça-feira 16, e tinha sido enviado questionando as autoridades (prefeita e vice-prefeito) no final de julho. Há quatro meses atrás, aproximadamente.

Verba de R$ 33 milhões

  A manutenção da bomba elevatória e a remoção de resíduos acumulados é o que falta para a volta das atividades da estação, segundo ofício de Ruiz Sanches. Ao longo de 2019, só com a remoção de resíduos foram gastos, segundo o documento, R$ 39.216,20. No ano de 2020 esse valor subiu para R$ 145.888,00. Já no ano de 2021, uma licitação foi realizada com valor de R$ 237.326,42 para remoção de dejetos. Ainda, no mês de outubro, um total de R$ 51.733,93 foram empenhados, o que totaliza, de 2019 pra cá, mais de R$ 470 mil reais de limpeza, em uma estação que foi inaugurada em 2019, e agora está parada. Ela custou ao governo do estado, mais de R$ 33 milhões.

Cheiro

  “É aí que resulta neste fedor, naquele mau cheiro, naquele problema que estamos vivendo, que os moradores do Jd. dos Ipês tanto reclamam, inclusive com problema em uma linha de transmissão, onde houve aí o despejo de resíduos no local, onde está se abrindo uma cratera, e há denúncias constantes”, explicou a presidente da Câmara, Daniela Cristina S. Branco de Rosa, sobre o despejo dos resíduos domésticos no córrego. 

Fiscalização

Segundo a vereadora Daniela, a CESTEB (Companhia) estava presente em Ibitinga, averiguando a situação de descarte irregular de esgoto no Jd. Ipê, nesta semana. “Se houve já hoje, vai ficar mais fácil para responder”, explicou a vereadora Janaína Zabusi Nogueira Bastos (MDB), que teve naquela noite, um requerimento de informações aprovado pelos demais vereadores, justamente com o questionamento para a prefeitura, sobre uma possível fiscalização na ETE.

 Denúncia

   Outro requerimento de informação foi aprovado pelos vereadores, e enviado para a prefeita Cristina. O documento questiona se a atual Diretora do Departamento Pedagógico da Secretaria de Educação de Ibitinga, está trabalhando de forma irregular, durante o ato de servidora pública. O documento foi assinado pelos vereadores (da oposição) Marco Fonseca, Murilo Bueno, Richard de Rosa, e dos vereadores da situação, Janaína, Célio Aristão e José Nilson Viana.

Preservação

 “Preservamos os nomes”, disse Marco Fonseca, afirmando que a questão está sendo fiscalizada, sem expor as imagens dos questionados. Segundo Marco, o que se está à procura, é das informações que possam esclarecer, porque um funcionário público tem uma empresa aberta, e presta serviço, para quem presta serviço, para a prefeitura. Ainda há na denúncia, que a servidora prestava serviço, para empresas que prestavam serviço para a Secretaria Municipal de Educação, o que é vedado pela lei federal. Segundo Marco, a servidora pública denunciada prestava serviço para empresas no mesmo horário do seu atual cargo municipal. 

Secretaria de Educação

 Segundo a denúncia, de 126 páginas, a servidora Diretora do Departamento Pedagógico foi nomeada em 2017, e teve uma empresa com CNPJ aberto após a sua nomeação. “Esta investigação, que compete a esta Casa, já que a Educação é detentora de ¼ da arrecadação do município”.

Respeito

 O vereador Dr. Fernando Inácio afirmou que faltou respeito com a servidora, alvo da denúncia. “Eu acho que é muito forte, diante de uma cidade que tem um Teatro não acabado e ninguém denuncia, e uma cidade que está jogando esgoto no rio e está todo mundo aplaudindo a gestão do SAAE, aumentando conta e não resolvendo nada”, disse Fernando, afirmando ser contra a aprovação da investigação contra a servidora.

Empresa?

  Fernando Inácio afirmou que a questão da avenida Cecília de Amorim, ainda continua sem solução. O vereador afirmou que a Secretária de Trânsito de Ibitinga tinha afirmado anteriormente, que uma empresa estava estudando a questão do trânsito, no Jd. América, da mesma forma que tinha feito no Jd. Centenário. Porém o vereador disse que ficou espantado esta semana, quando recebeu a informação que a própria prefeitura é quem está fazendo os estudos. “O Jd. Centenário, está como está, porque foi a própria Secretaria que fez os estudos”, comparou uma alteração do trânsito de um bairro, com o problema de outro.