Homofobia, violência sexual e doenças sexualmente transmissíveis são temas considerados por muitos professores difíceis de serem tratados em sala de aula. Com o objetivo de especializar esses profissionais, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara (SP) criou o primeiro mestrado em Educação Sexual do país. O curso tem como público alvo professores e profissionais da saúde que atuem na formação de crianças e adolescentes.
Segundo o coordenador do curso, Paulo Rennes Marçal Ribeiro, o programa respeitará as recomendações do Ministério da Educação, que desde 1997 sugere aulas de educação sexual na grade curricular. "A sexualidade tem se manifestado cada vez mais na escola e há uma grande necessidade de informação para resolver problemas com preconceito, discriminação e distinção de gêneros”, explicou.
Para ele, por se tratar de um mestrado profissional, a proposta é que as pesquisas se apliquem na sociedade seja na forma de metodologia de ensino ou na criação de materiais didáticos que auxiliem os professores em sala de aula. "O aluno tem possibilidade de desenvolver algo prático. Pode trazer para sala o que ele já realiza no seu dia a dia. Então a dissertação não vai ser necessariamente de pesquisa, mas numa área de aplicação à comunidade", afirmou.
O curso terá duração de dois anos e oferecerá 20 vagas em duas linhas de pesquisa: "Sexualidade e Educação Sexual: Interfaces com a História, a Cultura e a Sociedade" e "Diversidade na Formação de Professores". As inscrições devem começar no segundo semestre deste ano, mas as primeiras turmas estão previstas apenas para 2013.
G1