O Ministério Público (MP) abriu inquérito para investigar falhas na elaboração da prova do concurso público da Prefeitura de Ribeirão Preto para o preenchimento de 108 vagas na área da saúde. Pelas denúncias feitas por candidatos, algumas questões do caderno de prova foram tiradas, na íntegra, da internet e de livros.
O promotor da Cidadania, Sebastião Sérgio da Silveira, recomendou em ofício enviado à prefeitura que qualquer anulação seja suspensa até a conclusão do inquérito civil. Elaborada pelo Instituto Cetro e aplicada em fevereiro deste ano, a prova objetiva foi composta por 30 questões de conhecimentos específicos e outras 10 sobre SUS - Políticas de Saúde.
Segundo apurou a reportagem do A Cidade, o promotor não descarta pedir na Justiça a anulação do concurso, caso se confirme os erros apontados pelos candidatos. O promotor não quis falar ontem sobre o assunto, porque vai esperar o prazo de 10 dias para a prefeitura se manifestar.
A prefeita Dárcy Vera (PSD) homologou o concurso no último dia 9, depois de enfrentar impasse no processo devido à grande quantidade de recursos. Mais de 33 mil candidatos participaram da prova. Uma candidata a vaga de fonaudióloga chegou a anexar na representação feita ao MP a cópia do caderno de prova com três questões retiradas da internet.
Outro lado
Por meio da Coordenadoria de Comunicação Social, a Secretaria de Administração afirma que ainda não foi notificada sobre o inquérito. Assim, só vai se manifestar depois de tomar ciência.
Procurada pela reportagem, uma telefonista do Instituto Cetro disse que apenas a assessoria poderia se pronunciar, mas o responsável estaria disponível apenas hoje.
A Cidade