O Ministério da Educação quer tornar mais rígido o sistema de segurança do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) 2013. Nesta edição, todos os malotes com as provas receberão um lacre eletrônico equipado com GPS, o que permite saber a hora e o local em que os pacotes foram abertos.
Na última edição do Enem, os lacres foram utilizados em 10.000 malotes, apenas 20% do total. Já neste ano, os 63.340 malotes receberão a tecnologia. “A vantagem é que a gente tem total segurança do trajeto e do momento exato em que o malote é aberto”, explicou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
O Enem será aplicado em 1.661 cidades do país, 29 a mais do que no ano passado, devido ao aumento do número de inscrições. A edição deste ano teve o recorde de número de inscritos: são 7.173.574 candidatos, contra 5.791.332 no ano passado. Para suportar o aumento da demanda, o Ministério da Educação aumentou em 50% a equipe de corretores das redações, passando de 5.600, contratados em 2012, para 8.400 neste ano.
Também houve aumento nos supervisores – de 230 para 280 – e de coordenadores – de 12 para 35. “O aumento é proporcional ao crescimento da demanda. Houve um crescimento extraordinário de inscritos nesta edição”, disse Mercadante. A medida será uma tentativa de evitar que redações com piadas e chacotas sejam aprovadas, como aconteceu no ano passado. O ministro já avisou que, nesses casos, as redações receberão nota zero.
O MEC montou ainda uma comissão de especialistas, formada por nove professores doutores com "notório saber em avaliação textual" para conduzir estudos e pesquisas sobre a correção das provas. Além disso, os avaliadores passarão por cursos de capacitação presenciais e a distância, com uma carga horária total de 136 horas. Todos terão de fazer exames: aqueles que obtiverem desempenho abaixo da nota sete serão eliminados.
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