Em coletiva realizada nesta sexta-feira (04), por volta das 13:00 horas, no Palácio dos Bandeirantes, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin confirmou que está suspenso o processo de reorganização escolar que teria início já no começo do próximo ano.
Segundo o governador, a decisão foi tomada para que o governo possa melhorar o diálogo com pais de alunos, alunos e também professores sobre os benefícios da medida, que segundo ele, não foi descartada. O anúncio em entrevista foi concedido numa semana em que ocorreram diversos confrontos entre estudantes e policiais que tentavam desocupar as mais de 200 escolas do estado.
"Decidimos adiar a reorganização e rediscuti-la escola por escola, com a comunidade, com os estudantes e em especial com os pais dos alunos. Acreditamos nos benefícios da reorganização, 2016 será um ano de aprofundarmos os diálogos", disse Alckmin. A decisão foi anunciada no dia em que a popularidade do governador chegou a 28% (antes era 38%), menor índice já registrado, segundo o Datafolha.
Ocupação continuará?
“Não haverá demissões de professores. Os alunos cumpriram função importante, e evidentemente é uma luta que os alunos vão travar a partir de 2016”, afirmou por telefone, de um congresso da Costa Rica, Ariovaldo Camargo, secretário da Diretoria Executiva da APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).
Escola Iracema
Até o fechamento desta edição, a direção da escolar não foi localizada para comentar a decisão. A coordenação da Diretoria de Ensino de Taquaritinga também não se pronunciou.
Em todo o estado, a reorganização previa o fechamento de 94 escolas, inclusive a escola Iracema, em Ibitinga. Até a manhã de ontem (04), as ocupações seguiam em todo o vapor, e até houve confronto em alguns regiões do estado, entre alunos e a Polícia Militar.
Depois da ocupação da escola em Ibitinga, na sexta-feira 27, a diretora da escola, Márcia Antônia Semeguini, registrou um Boletim de Ocorrência, onde informou que os alunos ocuparam indevidamente o local e que necessitaria entrar na escola, para efetuar o pagamento dos funcionários. Ainda nesta semana, funcionários da delegacia de ensino dialogaram com os alunos, que se recusaram a desocupar a escola.