Quem olha para uma plantação com cerca de 12 mil pés, carregados de laranjas, não imagina o tamanho do desafio dos produtores de citros. O problema tem a ver com um inseto que mede cerca de dois milímetros.
O Psilídeo transmite a bactéria do Greening, que é a doença mais grave da citricultura. As plantas doentes não têm cura, as novas não produzem, e as adultas sofrem queda prematura de frutos. Para o produtor, não há outra saída a não ser erradicar o pomar.
Um levantamento do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) apontou que a incidência da doença aumentou de 24% para 38% desde 2022. São mais de 77 milhões de árvores doentes em todo estado de São Paulo. O clima ajuda a explicar esse crescimento. Longos períodos quentes e úmidos favorecem a proliferação do mosquito transmissor.
Em alguns pomares, o índice de infestação é considerado baixo, mas isso basta para deixar produtores em alerta. Com o Greening por perto, o risco de o prejuízo ser elevado é grande. O dano é irreversível, provocando perdas, o que aumenta os custos da propriedade.
Há produtores que tentam impedir o avanço da doença com a aplicação de inseticida. A pulverização é feita a cada 15 dias, mas se a presença do mosquito é identificada, esse trabalho se torna mais intenso.
Outra forma de monitorar o mosquito transmissor são armadilhas adesivas. Os insetos são atraídos pela cor e ficam colados. Aliás, essa não é a única armadilha com cores, pois existe um produto que permite que as folhas fiquem brancas, evitando a presença do mosquito.
Fonte: G1 Sorocaba.