A Hidrovia Tietê-Paraná, um dos principais corredores logísticos do Brasil, registrou um aumento de 120,7% no transporte de cargas durante o ano de 2023, em comparação ao ano anterior.
A movimentação de 2,4 milhões de toneladas em 2023, em contraste com 1,1 milhão de toneladas em 2022, é resultado da crescente demanda pelo transporte de soja na região, segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL).
Entre janeiro a junho de 2023, a hidrovia já registrava um aumento recorde de 76% na movimentação fluvial de cargas.
A extensão da Hidrovia Tietê-Paraná é de 2,4 mil km navegáveis e atua no transporte da produção agrícola no Brasil, conectando os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Goiás e São Paulo.
No centro-oeste paulista, o Porto Intermodal de Pederneiras (SP) assume a posição estratégica na via. O local é um terminal de carga e descarga de produtos, que se estende no trecho paulista por 14 terminais, desde Mogi das Cruzes (SP) até o município de Pereira Barreto (SP).
Para transporte de cargas, são utilizadas embarcações do tipo 'chata', movimentadas por um empurrador (rebocador específico), capazes de transportar 1,5 mil toneladas cada uma.
Se o transporte fosse rodoviário seriam necessárias 43 carretas, de 35 toneladas cada, para levar o mesmo volume.
Para a movimentação desses barcos é preciso que o Rio Tietê esteja com lâmina d'água mínima de 2,20 metros. Por esse limite, a navegação fluvial já chegou a sofrer e muito nos últimos anos com a falta de chuvas.
Esse tipo de transporte chegou a ser interrompido em períodos de estiagem de anos anteriores, mas com o aumento no regime de chuvas, em 2022 e 2023, a navegação voltou à normalidade.
Fonte: G1 / TV TEM