O Instituto Butantan fez um alerta sobre o aumento do número de acidentes com animais peçonhentos nos meses mais quentes do ano. De acordo com dados da entidade, de novembro a março, os acidentes com escorpiões, aranhas e serpentes crescem 80%.
“Com a maior quantidade de chuva, os esconderijos dos animais podem alagar, e ao deixarem o local, eles entram em contato com as pessoas. No verão, também há maior disponibilidade de presas porque mais insetos nascem nos meses quentes”, disse Marcelo Belini, biólogo do instituto.
Belini ressaltou que, em caso de picada de cobras, as pessoas devem lavar o local apenas com água e sabão, e procurar socorro médico em um hospital público, já que os privados não têm soros antiofídicos. Não é recomendado fazer torniquete, nem cortes e perfurações no local da picada. As pessoas também não devem tentar sugar o veneno.
“Para identificar serpentes peçonhentas no Brasil, a única maneira é observar, na cabeça do animal, entre o olho e a narina, a existência de um orifício, chamado fosseta loreal. Todas as serpentes peçonhentas brasileiras têm. A única exceção é a coral verdadeira”, disse o biólogo.
Quanto à ferroada de escorpião, a primeira medida que deve ser adotada é a de colocar compressas de água morna sobre a ferida, até a chegada ao serviço de saúde mais próximo. Em caso de picadas de aranhas e queimaduras de taturanas é importante não mexer no ferimento e procurar atendimento médico imediatamente.
O Instituto Butantan oferece um telefone de orientação em casos de emergência e acidentes com animais peçonhentos. O serviço funciona 24 horas por dia e orienta o cidadão sobre o local mais próximo para atendimento por meio do número (11) 3726 7962.
Fonte: Estadão