Ibitinga, Quinta, 21 de Novembro de 2024
Ibitinga: Representação feminina na Câmara de Vereadores caiu
Atual legislatura possui três mulheres, em cenário de 10 vereadores; próxima legislatura só terá uma vereadora
Ibitinga: Representação feminina na Câmara de Vereadores caiu
A vereadora Alliny Sartori

   Nas eleições de 2024, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral  de São Paulo, nos 610 municípios do estado, em que a eleição para a prefeitura já foi definida, foram eleitas 67 mulheres e 543 homens, o equivalente a 10,98% e 89,02%, respectivamente. O percentual de mulheres eleitas para comandar o Executivo municipal é levemente maior ao de 2020, quando foram eleitas no primeiro turno 60 prefeitas (9,9% do total) e 546 prefeitos (90,1%).

Vereadoras

   A maioria do eleitorado paulista é feminina: são 53% de eleitoras e 47% de eleitores — mas a representatividade das mulheres nas Câmaras Municipais continua baixa. Entre os 7.038 eleitos, há 1.221 mulheres (17,35%) e 5.817 homens (82,65%).

   No caso de Ibitinga, esse porcentual de mulheres na política caiu. Era 30% dos cargos, e na próxima legislatura que se inicia em 2025, será apenas 10%.

    Para Alliny Sartori, a única mulher eleita para o cargo de vereador em Ibitinga nestas eleições, o desafio de mulheres se permanecerem na mesa das decisões, é enorme. “A inclusão e a representatividade feminina na política enfrenta um desafio nacional. As dificuldades do mandato e também do pleito eleitoral são muitas vezes cruéis, tanto com as mulheres quanto com todas as minorias que estão sub-representadas. A proporcionalidade e consequentemente a pluralidade é o principal objetivo da Câmara Municipal, porém as condições de disputa são muito desleais o que prejudica muitos candidatos, mas em especial nós mulheres”, explicou Alliny.

  “O êxito eleitoral envolve muitas etapas que começam antes da campanha. Para uma vitória nas urnas, a primeira etapa é escolher um partido que a chapa de vereadores seja suficiente para atingir o quociente eleitoral, e é nesse momento que muitas mulheres são enganadas e são filiadas em partidos políticos apenas para cumprirem a cota feminina. Por isso é fundamental que a mulher se qualifiquem para entender sobre o sistema de proporcionalidade do Poder Legislativo e questionar sobre as sugestões dos dirigentes partidários no momento da filiação. É preciso avançar nesse tema, e eu quero ser a representante que vai incluir e instruir, com seriedade, as mulheres que desejam conhecer esse trabalho”, resumiu a vereadora.

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