O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu nesta segunda-feira (12) que seu país continuará sendo um parceiro fiel do Iraque depois da retirada quase total das tropas norte-americanas até o final desse mês.
A desocupação provoca incertezas para o país, mas Obama minimizou o risco de que um vácuo de poder se instale no Iraque, num momento em que todo o Oriente Médio sofre direta ou indiretamente as turbulências da chamada Primavera Árabe.
"Na medida em que terminamos esta guerra e o Iraque enfrenta seu futuro, os iraquianos devem saber que não ficarão sozinhos. Vocês têm nos Estados Unidos da América um parceiro forte e duradouro", disse Obama em entrevista coletiva na Casa Branca, ao lado do primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki.
Já em clima de campanha para a reeleição, que irá disputar em novembro de 2012, Obama cumpriu a promessa feita aos norte-americanos de acabar com a impopular guerra do Iraque.
Desde o início da ocupação, em 2003, quase 4.500 soldados dos EUA morreram. As alegações do governo de George W. Bush para iniciar a guerra - que o regime de Saddam Hussein teria armas de destruição em massa e seria aliado da Al Qaeda - nunca se comprovaram.
Depois de o Iraque quase mergulhar numa guerra civil sectária em 2006/07, a violência no país diminuiu significativamente, mas ainda há tensões entre xiitas, sunitas e curdos, o que afeta o programa econômico e político do país.
A oposição republicana diz que, sem a mediação das forças dos EUA, as tensões no Iraque podem se agravar, e um vazio de poder pode surgir. Além disso, os rivais de Obama veem com preocupação a onda de violência na vizinha Síria, e temem que o Irã, arqui-inimigo dos EUA, tente explorar a retirada norte-americana para am