Ibitinga, Segunda, 25 de Novembro de 2024
Região pode ganhar com entrada de etanol nos EUA
Vantagens surgem em meio à quebra de safra, falta de incentivos e em época de baixa produtividade

  O fim da tarifa de importação do etanol dos Estados Unidos depois de 31 de dezembro e a extinção de subsídios à produção, podem abrir um mercado para o combustível da cana-de-açúcar, que deve puxar investimentos na região de Ribeirão Preto. A legislação em vigor será expirada no último dia do mês, anunciou nesta sexta-feira (23) a Unica (União da Indústria de Cana de Açúcar).

  Em nota, a entidade disse que, com o fim das atividades no Congresso americano não haverá medidas que impeçam a abertura para o etanol brasileiro depois de 2012. Segundo Eduardo Leão de Souza, diretor-executivo da Unica, a extinção da tarifa de importação abre caminho para novos investimentos no setor sucroalcooleiro, que enfrenta problemas com a falta de incentivos para as usinas e na renovação dos canaviais.

  Leão acredita que o mercado norte-americano deverá começar a ser melhor atendido depois da safra de 2014, quando a oferta de cana deverá estar regularizada. "Não quer dizer que haverá uma ‘enxurrada’ de exportações para os Estados Unidos. Como o crescimento é paulatino, até 2020 terá que ser programado", defende.

   João Nilson Magro, que produz cana em Sertãozinho, acha que a medida pode beneficiar a região. "A prioridade é atender o mercado doméstico, mas nós tivemos que importar dos EUA. Só teremos estoques excedentes se houver investimentos", defende.

  Para Maurílio Biagi Filho, consultor da Unica, os reflexos não são imediatos. "O crescimento precisa ser programado". Também nesta sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff assinou Medida Provisória para estimular a estocagem de etanol no País na entressafra. O texto será publicado na segunda-feira e prevê financiamento federal, a juros menores, para os produtores formarem estoques reguladores. O governo tenta aumentar a intervenção no abastecimento e preço desde abril, quando os preços dispararam nas bombas em centros produtores.

Preço deve ficar estável

  Conforme o diretor-executivo da Única Eduardo Leão, a medida que facilita a exportação de álcool para o mercado norte-americano não deve provocar falta de combustível no mercado brasileiro. Ele também negou que  o preço do etanol possa aumentar na bomba durante a entressafra e disse que o mercado interno remunera bem.

  Oswaldo Manaia, diretor do Sincopetro (sindicato que representa os postos de combustíveis), não acredita que um provável aumento do etanol anidro para os Estados Unidos vá salgar o preço do combustível para o consumidor. "Não vejo motivo para preocupação por enquanto", diz. Manaia também nega a existência de um aumento programado do etanol a curto prazo. 

Fonte: A cidade

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