O trecho da rodovia Cezário José de Castilho (SP-321), próximo ao trevo de Iacanga (50 quilômetros de Bauru), danificado pela forte chuva do dia 17 de janeiro, deverá estar concluído até o final deste mês. Engenheiros do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) que acompanham a obra dizem que, se não chover, a estrada pode ser reaberta antes do Carnaval. Enquanto isso, quem vai para Ibitinga tem que optar por caminhos alternativos. Se a viagem for feita de ônibus, o transtorno é ainda maior.
Com a chuva, por volta das 23h10 do último dia 17, o aterro que sustentava a rodovia ruiu, “engolindo” cerca de 10 metros de asfalto e abrindo uma cratera com aproximadamente oito metros de profundidade no meio da estrada, na altura do quilômetro 398 mais 200 metros, oito quilômetros além do trevo que dá acesso a Iacanga para quem sai de Bauru. Sob o trecho, existe um córrego canalizado que também teve a tubulação danificada.
O DER deu início às obras de recuperação no local, em caráter emergencial, no dia 20 de janeiro. Inicialmente, a conclusão dos serviços de reconstrução da pista e da tubulação de escoamento de água, orçados em R$ 355 mil, estava prevista para ocorrer em 60 dias. Porém, esta semana, o órgão informou que a estrada deverá ser liberada ao tráfego até o final de fevereiro.
Até lá, os motoristas que precisam passar pelo trecho têm que recorrer a caminhos alternativos. Para quem sai de Bauru pela SP-321 com destino a Ibitinga, uma das opções é acessar o desvio existente no trevo de Iacanga, que aumenta o percurso em cerca de 60 quilômetros.
No trevo, o motorista deve seguir pela rodovia Hilário Spuri Jorge (SP-331) até Reginópolis e, na cidade, acessar a vicinal que passa por Uru e Pongaí até a rodovia Laurentino Mascari (SP-333). De lá, o motorista deverá virar à direita sentido Borborema, chegando até Ibitinga.
Segundo o DER, outra alternativa é seguir pela rodovia Marechal Rondon (SP-300) até o trevo de Guarantã e virar à direita na saída no quilômetro 414 para ingressar na rodovia SP-333, que dá acesso a Borborema e Ibitinga. Uma opção para quem sai de Iacanga até Ibitinga é seguir pela SP-331 e pegar a saída no quilômetro 397,3 para ingressar na SP-300, em direção a Lins. Ao chegar ao quilômetro 414, o percurso a ser feito é pela SP-333.
O motorista também tem a opção de seguir por uma estrada de terra de cerca de 10 quilômetros que passa pelo bairro do Ribeirãozinho, com acesso à Usina de Iacanga, localizada após o trecho interditado. Outra alternativa até Ibitinga é a rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-225) até Pederneiras. De lá, o motorista deverá seguir pela SP-261 até Bariri e acessar a SP-304.
Mudança de trajeto
A interdição da rodovia Cezário José de Castilho (SP-321) fez com que uma empresa de ônibus mudasse o trajeto de suas viagens. Segundo a assessoria de comunicação da Ril, o ônibus intermunicipal que fazia o itinerário Bauru-Ribeirão Preto pela rodovia Bauru-Iacanga teve que recorrer a uma rota alternativa. Agora, ele passa por Pederneiras, Boraceia e Bariri, até Ibitinga, onde retoma o trajeto normal.
A mudança aumenta o percurso em 117 quilômetros, cerca de 1h15 a mais de viagem. “Com todos os horários, nós rodamos 1.400 quilômetros a mais por dia”, revela. A Ril não soube informar o valor do prejuízo decorrente dessa mudança de trajeto, mas ressaltou que os custos não foram repassados aos passageiros e que não houve aumento no valor da passagem.
Já o ônibus da Ril que faz a linha suburbana de Bauru a Novo Horizonte, segundo a empresa, está tendo que acessar o desvio alternativo no trevo de Iacanga, passando por Reginópolis, Uru e Pongaí até acessar a SP-304. O caminho alternativo aumenta o percurso em até 60 quilômetros.
De acordo com o estagiário Giovani Gomes de Moraes, que reside em Iacanga e trabalha em Ibitinga, a interdição da rodovia fez com que a viagem de ônibus entre as duas cidades, que antes era de cerca de 40 minutos, passasse a ser de aproximadamente duas horas. Ontem, segundo ele, o ônibus pôde utilizar a estrada de terra de cerca de 10 quilômetros de extensão que passa por trás da Usina de Iacanga e a viagem durou aproximadamente uma hora.
“Não foi tão prejudicial assim. Eu tenho anseios de estudar, fazer uma pós-graduação em Bauru e o ônibus de estudante de Iacanga sai às 18h. Se continuasse naquele horário anterior, eu não ia conseguir chegar a tempo de ir para Bauru. Agora, com o ônibus no horário normal, dá tempo”, declara.
Fonte:JCNET