Em Tropa de Elite 2 ninguém pede para sair, pois de acordo com os números divulgados nesta semana o filme já levou mais de 10 milhões de espectadores ao cinema, e além de já ser o filme mais visto de 2010, pode se tornar em breve o nacional mais visto de todos os tempos. O recordista de público atual é “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, que levou 10 milhões e 700 mil pessoas aos cinemas em 1976.
O diretor do filme José Padilha acredita que o fato do Tropa de Elite 2 ter passado dos dez milhões de espectadores indica que o público está interessado em pensar a realidade através do cinema político, e que este tipo de cinema pode, sim, ser popular. “Para mim, esta é uma fonte de motivação. Me estimula a pensar em novos filmes, e a continuar o trabalho de roteirista e diretor que sempre quis fazer”, declarou o diretor José Padilha.
Tropa de Elite 2 é o longa mais visto do ano, tendo ultrapassado o número de espectadores da animação “Shrek para sempre”, lançada em julho e assistida por cerca de 7.366.100 pessoas.
No seu primeiro fim de semana em cartaz em 8 de outubro, o longa arrebatou cerca de 1,25 milhão de espectadores. O que lhe deixou com mais do dobro de público do segundo lugar em abertura entre filmes nacionais, ocupado por Chico Xavier (com 585 mil). E o mais impressionante: em quarto lugar entre todos os filmes já exibidos em telas brasileiras, ficando à frente das séries como Era do Gelo, X-Men, Harry Potter, Shrek, Piratas do Caribe e Matrix; e do primeiro Homem-Aranha. O filme de José Padilha ganhou ainda do longa Eclipse, terceira parte da saga de vampiros adolescentes Crepúsculo que era até então o que apresentava melhor abertura em 2010, com 1.185 milhão de espectadores, só sendo superado por quatro filmes americanos em toda a história. Em sua terceira semana de exibição, Tropa 2 consagrou-se como o filme nacional mais visto desde a Retomada.
Pirataria
Tropa 2 foi lançado sob forte esquema antipirataria, que incluiu instruções do Bope segundo o diretor José Padilha. Além de não ter produzido cópias digitais, somente película, algumas sessões incluíam revista em bolsas com apreensão de câmeras e celulares de convidados, além e portas com detectores de metais na sala de exibição.
Segundo o diretor, tanta precaução é devido ao "trauma" sofrido em 2007, quando o filme foi pirateado e se tornado fenômeno nos camelôs, antes mesmo de sua estreia.