Pandeiro, cavaquinho, ganzá, tamborim, surdo e tantã são alguns dos instrumentos que não podem faltar para um samba, gênero musical inspirado em raízes africanas que se tornou um dos mais fortes e populares ritmos brasileiros.
Em homenagem a esse ritmo contagiante foi criado em 1963 o Dia do samba, uma forma de agradecer Ary Barroso, que compôs Na baixa do Sapateiro, onde exaltava a Bahia. No entanto, Ary quando compôs a letra não conhecia a Bahia, só foi visitar a cidade em 2 de dezembro, daí o Dia do Samba passou a ser comemorado anualmente nesta data.
Alcione eternizou a música que dizia Não deixe o samba morrer, mas isso nem seria necessário, pois desde Ary Barroso o ritmo se espalhou por décadas através do trabalho ilustre de sambistas como Cartola,Noel Rosa, Martinho da Vila, Dona Ivone Lara, Nelson Cavaquinho, Adoniran Barbosa, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Leci Brandão, Beth Carvalho, Almir Guineto e outros.
Na última quinta-feira (02) shows em todo o Brasil marcaram as comemorações ao Dia do Samba. No Rio, após os ataques violentos e incêndios que assustaram os cariocas, a data foi bastante comemorada. A Central do Brasil e a Estação Leopoldina reuniu Arlindo Cruz, Maria Rita e baterias de Escolas de Samba. Em Oswaldo Cruz, um show levou 50 mil pessoas desde moradores da Zona Sul ao subúrbio para verem apresentações de Wilson Moreira e Nelson Sargento.
Em entrevista a um jornal carioca Nelson Sargento declarou que o ‘Samba agoniza, mas não Morre’. “Mudaram toda sua estrutura. Lhe impuseram outra cultura, e ninguém percebeu, mas assim como a cidade e o carioca, o samba dá a volta por cima, se renova”, completou Sargento.