tomar um remédio que reduz em mais de 70% a chance de contaminação por HIV parece uma boa solução para combater a doença. E essa pílula milagrosa já existe: é chamada Truvada. Por que não estamos todos tomando a droga, então? É que, por ano, seria necessário gastar cerca de 10mil dólares com esse tratamento preventivo (para uma única pessoa).
Se o remédio custa tão caro, vale a pena tomá-lo? Segundo cientistas de Stanford, apenas se você estiver em um grupo de alto risco de contaminação. A pesquisa deles aponta que no caso de homens homossexuais, que ainda são o grupo com maior risco de pegar a doença (um jovem gay tem, estatisticamente, 13 vezes mais chances de contrair Aids do que um jovem heterossexual, de acordo com o Ministério da Saúde), o tratamento seria viável.
Isso porque, por mais que o custo de Truvada seja alto para o governo, um homem saudável tomando o remédio gasta menos do que um paciente que precisa do tratamento contra a doença. Mesmo assim, toda a população homossexual não poderia ser atendida – apenas o grupo de “alto-risco”, aqueles que têm relações com mais de cinco parceiros ao ano.
No entanto, mesmo limitando o uso do medicamento a certos grupos com maior risco de contaminação, países da África subsaariana, onde a doença tem uma maior incidência, não teriam condições de pagar o tratamento.
Galileu