Ibitinga, Domingo, 24 de Novembro de 2024
Aumento no preço do óleo diesel preocupa caminhoneiros
Categoria classifica alta como injustificada e aguarda manifestação do mercado para mexer em valores de frete

Cinco dias após a Petrobras anunciar o reajuste de 6% no preço do diesel nas refinarias foi possível encontrar caminhoneiros queixando-se da alta. Segundo a companhia, o impacto na bomba chegaria a 4%, mas não é o que está sendo sentido pelos profissionais do meio.

José Fernando Bicaletto, presidente do Sindicato do Comércio de Derivados de Petróleo (Sincopetro) de Araraquara diz que fatalmente o aumento chegará integral às bombas. "Alguns postos ainda seguram o preço pois têm estoques, mas quando comprarem novamente terão que aumentar o preço", diz.

O valor que oscilava pela cidade, em geral de R$ 1,93 a R$ 2,05 no litro, há 15 dias, terá incremento de cerca de R$ 0,10. "Em junho já tivemos aumento de 2,5%, mas como o governo reduziu a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), não foi sentido. Agora pesou bem", acrescenta Bicaletto.

A estatal disse, em nota, que o aumento foi definido "levando em consideração a política de preços da companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo".

Insatisfação

Alguns motoristas consultados pela reportagem da Tribuna Impressa mostraram insatisfação. "Já temos pedágio, manutenção e agora sobem o diesel. Fica difícil trabalhar", desabafou o caminhoneiro Gilson Borges, 48.

Outro estradeiro, Alessandro de Oliveira Alves, 31, vinha da região de Jundiaí/SP. "Já senti a alta no preço. Agora imagina isso em um tanque de 260 litros em um caminhão que roda 4,5 quilômetros por litro. Viajamos 4 mil quilômetros por semana e isso pesa." No caso dele, são necessários cerca de 890 litros semanais no caminhão, equivalente a 3,5 tanques e mais de R$ 350 de gasto extra por mês.

O lucro do frete acaba ficando menor, como diz seu companheiro de estrada Flávio José Dionísio, 31. "Como o caminhão é nosso, quem nos contrata paga só o pedágio e o combustível é por nossa conta. Esse aumento quebra a gente, ainda mais se pagarmos a prazo, onde o preço sobe mais. Se a gente passar isso para o frete, ninguém contrata a gente. Então tem que engolir mesmo", conclui.

Tribuna Impressa

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