Ibitinga, Segunda, 25 de Novembro de 2024
Produtores de Pirassununga cobram acesso às medidas do governo
Eles reclamam que o preço mínimo para a venda da laranja não funciona. Compra direta seria por leilões, mas ainda não há data prevista, diz Conab

Produtores de laranja de Pirassununga(SP) estão reclamando que não conseguem ter acesso às medidas de ajuda à citricultura anunciadas pelo governo. Segundo a Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), que representa os produtores, nenhuma está funcionando na prática.

Em um pomar da cidade, as laranjas nem chegaram a ser colhidas. As frutas da variedade precoce, que apodreceram no pé e agora estão no chão, dariam para encher cinco mil caixas, quantidade que corresponde a 20% da produção. “Nós não conseguimos negociar a tempo para a gente colher ela sem prejuízos. O prejuízo foi de mais de R$ 50 mil só em um pomar”, disse o agricultor Fábio Fantinato.

Ele produz laranja há 20 anos em 32 hectares da família dele. Das 15 mil árvores saem em média 25 mil caixas de 40 quilos por safra. Sete mil estão no ponto de colheita, mas o produtor não conseguiu chegar a um acordo com a indústria. “O governo anunciou R$ 10 e R$ 10 a caixa como preço mínimo para cobrir os nossos custos. A indústria só quer pagar R$ 7 e a gente não sabe como receber essa diferença do governo. mês, mas a indústria só quer pagar R$ 7, R$ 3 a menos que o prometido.

Outros 30 produtores da cidade enfrentam os mesmos problemas. Juntos, eles produzem quase três milhões de caixas e vendem a laranja para a indústria através de contrato de parcerias. Até agora, nenhum deles sabe como ter acesso ao pacote de ajuda oferecido pelo governo.

O preço mínimo para a laranja foi aprovado pelo Conselho Monetário Nacional no dia 2 de agosto. “A gente não sabe quais os mecanismos a serem usados, tanto o preço mínimo, como também o alongamento das dívidas. Não sabemos como se colocar no leilão, se vai ser via corretora, corretores”, afirmou o agricultor Fábio Fantinato.

A compra direta entre agricultores e indústria seria por meio de leilões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mas a companhia informou que não há previsão de quando eles vão acontecer. A linha especial de crédito para estocagem de suco venceu em junho e o Conselho Monetário Nacional informou que ainda não existe prazo para votar a prorrogação.

G1

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