Ibitinga, Sexta, 22 de Novembro de 2024
Faltam 10 mil engenheiros no Estado de SP, diz levantamento do Confea
Mercado de trabalho para engenheiros melhora depois de décadas parado. O principal motivo da falta de profissionais é a alta demanda para obras

O mercado de trabalho para engenheiros está vivendo seu melhor momento depois de décadas sem crescimento. Hoje no país faltam 20 mil profissionais, sendo 10 mil somente do Estado de São Paulo, segundo o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).

De acordo com o sindicato que representa a classe, o principal motivo dessa falta de profissionais é a alta demanda para obras como as do programa 'Minha Casa Minha Vida', as obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Copa do Mundo de futebol de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Faltam engenheiros para empreender projetos básicos e executivos, as principais áreas são de engenharia civil, de transporte e telecomunicações. Essa carência pode trazer graves consequências para a economia brasileira, que ainda precisa construir muitas obras para a Copa de 2014 e para as Olimpíadas 2016, além das obras do PAC.

“Depois de várias décadas, a década de 1990 quando a construção civil estava parada, de um tempo pra cá, a economia crescendo proporciona, principalmente, para o engenheiro civil uma boa colocação no mercado, com bons salários e boas estruturas para trabalhar”, disse o engenheiro civil Brauner dos Santos.

O desafio para as universidades é combater a falta de mão de obra com qualificação. “O canteiro de obras hoje é industrializado, tem que ser feito com rapidez, não pode ter desperdício e para isso é necessário uma pessoa qualificada, nosso grande desafio é fornecer essa pessoa qualificada, que falta hoje”, afirmou Guilherme Persekian, professor de engenharia civil da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

O curso de engenharia civil da UFSCar forma 80 profissionais por ano. “Todos ele estão com o emprego garantido e até mais que um emprego, os alunos escolhem aonde querem trabalhar”, explicou Persekian.

O engenheiro civil Gregory Pinheiro se formou no ano passado e recusou propostas por que queria se qualificar mais, mas sabe que não terá problema para arrumar emprego quando terminar a pós-graduação. “Quando eu terminar já vou direto para obra trabalhar na parte de execução, edifícios e obras de infra-estrutura. Essa é a ideia”, disse Gregory.

Dados do Ministério da Ciência e Tecnologia mostram que o Brasil está bem atrás de outros países emergentes quando se considera a formação desses profissionais. No Brasil, se forma um engenheiro a cada 50 pessoas que concluem o ensino superior. Aqui se forma uma média de 40 mil profissionais por ano, na Coréia são 90 mil engenheiros por ano, na Índia são 220 mil, na China 650 mil. G1

 

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