O Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) divulgou levantamento com dados alarmantes sobre o greening, considerado a pior doença da citricultura. De acordo com o estudo, a praga atinge 9,9% das árvores dos pomares da Região Central paulista. O valor é 65% maior que os 6% registrados em 2011. Hoje, a partir das 8h30, haverá apresentação dos dados na sede da entidade, na Vila Melhado.
Apenas nos pomares araraquarenses, o número é ainda maior: 10,78%, ficando em segundo lugar no crescimento e incidência da doença, atrás apenas da região de Araras, com 14,8%. O número de talhões contaminados também subiu de 73,5% para 84,1%, aumento de 14,4%.
Regiões confortáveis
As demais regiões do Estado têm níveis bem menores: 1,8% de árvores contaminadas na região Norte, 1,3% na Oeste, 0,85% na Sul e 0,28% na Noroeste.
De acordo com o pesquisador do Fundecitrus José Belasque Júnior, o aumento linear de talhões com greening era previsto desde o surgimento da doença, em 2004, pelo fato de a doença não ter cura.
"O citricultor precisa fazer o controle adequado. O pacote tecnológico composto pelo plantio de mudas sadias, controle do inseto vetor e inspeção e eliminação das plantas doentes funciona e equivale apenas de 5% a 10% do custo de produção de uma caixa", conclui.
Mais importante é remover plantas doentes
O especialista do Fundecitrus, José Belasque Júnior, assegura que a ação mais importante é a remoção das plantas doentes. "Se mantidas nos pomares, servem de fonte para a contaminação de plantas sadias", afirma.
A adoção de controle do inseto vetor, por meio de pulverizações também é fundamental, mas não pode ser adotada isoladamente. "Somente as aplicações de inseticidas não são suficientes para impedir o crescimento da doença, uma vez que não é possível zerar sua população."
Tribuna Impressa