O greening - pior doença da citricultura - atinge 9,9% das árvores dos pomares da região Centro Paulista, um aumento de 65% em relação aos 6% registrados em 2011. O número de talhões contaminados também subiu de 73,5% para 84,1%, um aumento de 14,4%. A região, que foi o epicentro da doença e na qual muitos pomares foram dizimados, atualmente é a segunda em incidência e crescimento da doença, atrás da região de Araras (Leste). Os dados são do levantamento amostral realizado pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus).
Apenas no município de Ibitinga, 10,55% das árvores e 95,5% dos talhões apresentam os sintomas da doença. Em Tabatinga, 11,54% das plantas e 93,4% dos talhões apresentam sintomas de greening.
Em todo o parque citrícola, a doença contamina 6,9% das árvores e 64,1% dos talhões. A região Leste tem 14,8% das plantas com sintomas. A região Norte apresentou 1,8% de árvores contaminadas, a Oeste, 1,3%, a Sul, 0,85%, e a Noroeste, 0,28%.
Em todo o estado, dos 64,1% das plantas contaminadas, 21,2% apresentam até 2% das árvores doentes, índice considerado baixo. “Em 57,2% dos talhões não há a doença ou ela está em níveis muito baixos. Esse é o número que devemos manter, para a garantia da sanidade do parque citrícola no futuro”, afirma o pesquisador do Fundecitrus José Belasque Júnior. De acordo com o especialista, o avanço da doença era previsto desde o surgimento, em 2004, devido ao fato de a doença não ter cura. “O citricultor precisa fazer o controle adequado. O pacote tecnológico composto pelo plantio de mudas sadias, controle do inseto vetor e inspeção e eliminação das plantas doentes funciona e equivale apenas de 5% a 10% do custo de produção de uma caixa”, observa.