No último dia 13 de novembro foi realizada uma palestra do Instituto Pró-Terra, no Sindicato Rural de Ibitinga e Tabatinga. O instituto tem a missão de contribuir com as questões socioambientais para a conservação do meio ambiente e resgate sócio-cultural e vem atuando diretamente em projetos na Bacia Hidrográfica do Tietê-Jacaré.
A reunião teve por finalidade divulgar os projetos do instituto e buscar parcerias para a realização de reflorestamento. “Essas reuniões visam construir parcerias para a possível realização de cursos em cidades que integram a bacia Tietê-Jacaré. Dessa forma multiplicamos as qualificações socioambientais para projetos de Recuperação Florestal. Por meio dessas parcerias, o instituto também pode ajudar o produtor a se adequar ao Novo Código Florestal”, afirmou a representante da organização Maria Yara Fonseca Loncio.
Na reunião foram apresentados dois projetos: o “Plantadores de Florestas” financiado pelo Fundo Socioambiental - CASA , que capacita o trabalhador rural para o plantio de florestas e o “Filhos de um Rio” financiado pelo BMG, que visa restaurar áreas degradadas, principalmente matas ciliares, sem custo algum para o proprietário.
O projeto “Plantadores de Florestas” visa a capacitação de trabalhadores rurais desempregados, gerando trabalho e renda, e contribui para a produção de mão de obra qualificada para o crescente mercado de recuperação de matas ciliares, áreas degradadas, restauração de ecossistemas e implementação de APP´s.
Este projeto faz parte de uma proposta diferenciada de inclusão social & meio ambiente do Instituto Pró-Terra. Ao mesmo tempo em que os trabalhadores aprendem técnicas de produção de mudas, implementação e manutenção de reflorestamento também são envolvidos em atividades de educação ambiental, entendimento da paisagem, gestão participativa e principalmente de conhecimento de seu contexto socioambiental.
O Instituto Pró-Terra, já realizou vários cursos e já empregou mais 50 trabalhadores rurais em seus projetos por meio de diversos financiadores e apoiadores (GEF-BancoMundial, Centro de Apoio Socioambiental, entre outros). A maioria desses trabalhadores estava desempregada e foram beneficiados com trabalhos na área da restauração com todos seus direitos trabalhistas garantidos (carteira assinada, assistência médica, condições de segurança, cestas básicas).
“Além de ajudar os trabalhadores rurais, o instituto oferece auxílio para o reflorestamento aos proprietários que, conforme o Novo Código Florestal, precisam se adequar. A princípio estamos reflorestando cinco metros, o mínimo exigido pela lei. Fazemos tudo sem custo nenhum, utilizamos nossos equipamentos, plantamos as mudas, fazemos a adubação e ainda damos manutenção por dois anos”, explica Maria Loncio.
Os interessados em realizar o reflorestamento devem fazer o cadastro de suas áreas no site do Ministério da Agricultura e do Meio Ambiente.