A incidência dos focos de cancro cítrico nos pomares aumentou 39% em um ano no Estado de São Paulo. Dados do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) apontam que neste ano a doença está presente em 1,39% dos talhões de citros, contra 1%, em 2011.
Inspetores do Fundecitrus vistoriaram 2.090 talhões dos 87 mil existentes no parque citrícola paulista. “Anteriormente o estado e o Fundecitrus faziam a inspeção para o produtor e agora é uma incumbência que ele tem que fazer”, explica o gerente de pesquisa do Fundecitrus Juliano Ayres.
O pesquisador destaca a importância do preparo profissional. “O inspetor precisa de um bom treinamento, já que na maioria dos casos ele nunca viu a doença porque ela é rara, então, com isso, é bastante importante a qualificação e o treinamento do inspetor”, ressalta Ayres.
Segundo ele, quando a doença é identificada, o pé tem que ser erradicado. Por isso, é preciso atenção aos sintomas. “Uma saliência, uma coloração marrom com alo amarelado, muito característico do cancro cítrico, que ocorre tanto em folhas, como em ramos e em frutos”, ensina.
Para evitar a contaminação, o citricultor deve ter vigilância na produção. “Desinfectar todo o material de colheitas, caminhões, escadas, caixas dos colhedores, cuidado com a roupa dos trabalhadores, para que trabalhem com roupas limpas e qualquer tráfego que ocorra dentro da propriedade", alerta Ayres.
G1