Ibitinga, Domingo, 24 de Novembro de 2024
Estiagem encarece o preço da carne em 10%
Falta de chuva em estados produtores elevam os custos dos frigoríficos e a alta chega aos açougues

O preço da carne bovina começou o ano mais caro nos açougues de Ribeirão Preto. Em média, o quilo dos cortes de primeira e de segunda subiram 10%.

Um quilo de contra filé, que valia R$ 16 em dezembro, nesta quarta-feira (24) estava em R$ 17. Já o quilo do coxão mole foi de R$ 13 no mês passado para atuais R$ 14. Os valores foram checados hoje em açougues do Centro e do bairro Ipiranga.

Por tradição, os preços não deveriam subir em janeiro, porque em dezembro o consumo aumenta, por conta das festas de fim de ano, o que puxa os valores para cima. "O normal é que os preços caíssem em janeiro, mas isso não aconteceu", diz o açougueiro Moisés da Silva, de casa de carnes da rua General Câmara, no Ipiranga.

A falta de chuvas em regiões produtoras de carne, como Goiás e Mato Grosso do Sul, pressiona os preços para cima. Na segunda quadrissemana de janeiro, o valor do alimento já subiu 1,18% pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S), apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na primeira, a alta foi de 1,22%.

Outro culpado pela alta são os custos de produção da pecuária. Levantamento da Scot Consultoria, especializada em análise de mercados de carne, revela que no mês de janeiro os valores subiram 3,4% para os sistemas de produção de baixa tecnologia e 1,3% para os mais tecnificados.

O que ajuda a explicar essa alta são os gastos com funcionários, que avançaram em razão do aumento do salário mínimo, que foi de R$ 622 para R$ 678. Enquanto as altas saem do campo e chegam aos açougues, quem paga a conta é o consumidor. Para comerciantes, não há previsão de redução de preços nas próximas semanas.

Fique atento às promoções pontuais

Apesar dos preços inflacionados, o consumidor de Ribeirão Preto pode se beneficiar de promoções pontuais em açougues. É que os estabelecimentos de maior porte fazem compras em grandes volumes, pagam menos e realizam ‘liquidações’ em um ou dois dias da semana.

Comerciantes ouvidos ontem pelo A Cidade têm comprado direto dos frigoríficos, mesmo em outros estados, assumem os custos do transporte.  "Mesmo assim, fica mais em conta do que comprar dos distribuidores", diz o dono de açougue no bairro Ipiranga, que realiza uma promoção por semana.

Outra dica para o consumidor é acompanhar as tabelas dos açougues das redes de supermercados. Como trabalham com grandes volumes, também fazem promoções pontuais.

A Cidade

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