Ibitinga, Segunda, 25 de Novembro de 2024
Ibitinga se organiza para usufruir do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
Produtores poderão vender produção para serem inseridas no cardápio da rede escolar

O Sindicato Rural de Ibitinga e Tabatinga (SRI) reuniu, no último dia 12 de abril, representantes do segmento rural em Ibitinga para tratar questões referentes à implantação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) na cidade. Estiveram presentes, o técnico em agropecuária do SRI, Valdecir Vasconcelos, o membro da Associação dos Produtores de Ibitinga, João Minzoni, o engenheiro agrônomo da Casa da Agricultura, Carlos Roberto Malosso, o Secretário Municipal da Agricultura e Meio Ambiente, Francisco Grillo e o analista de compras da prefeitura, João Paulo Baptista.

  O PRONAF é um programa do governo federal, criado em 1995, com a finalidade de atender de forma diferenciada os mini e pequenos produtores rurais, que desenvolvem suas atividades mediante emprego direto de sua força de trabalho e de sua família.

  Para o técnico em agropecuária do SRI, Valdecir Vasconcelos, o início dos trabalhos visando implantar o PRONAF em Ibitinga é muito importante. “Muitas vezes o produtor não consegue vender sua produção. O programa é uma fonte alternativa de renda para o pequeno produtor que pode produzir e entregar diretamente no município onde reside sua produção e com um preço médio garantido para o ano inteiro. Isso garante estabilidade e segurança para o produtor”, afirma Vasconcelos.

  Segundo o analista de compras, João Paulo, a prefeitura é a principal interessada nos resultados dessa reunião do segmento, porque conforme estabelece a Lei 11.947 (regulamentada pela resolução 038/2009), o município deve utilizar, no mínimo, 30% dos recursos repassados para alimentação escolar, pelo FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, para compra de produtos da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações, priorizando os assentamentos de reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas.

  “A prefeitura tem a necessidade de comprar, no mínimo, 237 mil reais por ano da Agricultura Familiar e hoje não está conseguido adquirir produtos dos produtores do município. Estamos trabalhando para conseguir isso, pois o programa é um benefício para a cidade, afinal, a tendência é o dinheiro ficar para os produtores do município que, consequentemente, vão gastar esse valor consumindo no comércio local”, afirma João Paulo Baptista.

   Na reunião, foi apresentado um relatório dos alimentos que serão utilizados no cardápio diário da alimentação escolar. O próximo passo do grupo de trabalho é identificar os alimentos que são produzidos no município e conversar com a nutricionista responsável sobre a possibilidade de substituição de alguns alimentos na merenda escolar pelos que são produzidos em Ibitinga. Em seguida, serão identificados os produtores em condições de atender a demanda para fornecimento dos produtos.

 

Diminuição da safra de tomate causa aumento do preço

    No início do ano passado, produtores de tomate enfrentaram uma das piores crises e perderam parte da safra, deixando o produto apodrecer no pé, porque o preço era muito baixo.
Como as perdas foram grandes em 2012, houve redução da área de plantio de tomate no Brasil — média de 16% — e, este ano, consequentemente, a menor oferta do produto alavancou o preço, o que está assustando os consumidores em todo o país.

Registrada desde meados de março, a alta no preço da fruta tem levado produtores a contratarem seguranças para zelar pelos galpões de armazenamento e fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a acirrarem a fiscalização em Foz do Iguaçu, no Paraná, pois em duas semanas foram apreendidos quase 400 kg de tomate contrabandeados da Argentina.

   O produtor João Minzoni, foi um dos que sofreram no ano passado com a crise da safra. Foi preciso vender a produção por um valor muito inferior ao custo da sua produção para que os frutos não estragassem no pé.

Segundo Minzoni, a alta no preço do tomate é péssima não só para o consumidor, mas também para o produtor. “Todos vão querer plantar e é perigoso ocorrer outra crise, pior do que a do ano passado”, afirma. Após a normalização do comércio, ele pretende arriscar novamente o plantio da cultura.

   Com a chegada ao mercado da safra de inverno, a partir de maio, a tendência para os próximos meses é de queda nos preços, ainda assim, os valores devem ser superiores aos do ano passado.

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