11/02/2010 - Hoje onde atualmente funciona o Banco do Brasil, funcionou na década de 50 um bazar, em que o proprietário era muito famoso por gostar de carnaval. O Sr. José Ianelo era considerado por todos como o maior folião da cidade.
Em um tempo em que a dança de salão imperava nos carnavais, Ianelo era não só admirado pela sua alegria contagiante e habilidade de animar todo o salão, mas também pela sua boa vontade e determinação em proporcionar uma animação saudável e feliz para as crianças, que naquela época viam na festa popular uma oportunidade única de brincar e se fantasiar. Assim ele exercitava ainda mais a imaginação e a criatividade dos pequenos.
Nesta mesma época, outro personagem também enriquecia os dias de festa. O Sr. Antonio Viviani era um (excelente, diga-se de passagem) farmacêutico, que nos dias de carnaval se transformava em Rei Momo, ajudando assim o colega de folia Ianelo a animar a festa da cidade. Outro profissional da saúde que dava muita alegria à brincadeira era o farmacêutico Antenor Simões Maia. Ele passou a ser famoso por elaborar e produzir uma mistura química que, uma vez jogada nos foliões, manchava de vermelho toda a roupa. A mistura que assustava a quem era pintado recebeu o nome de “Sangue do Diabo”, mas de diabólica mesmo nada tinha, já que a mancha sumia de repente e dano nenhum deixava.
Nelson Roberto era outro folião muito admirado por suas brincadeiras e por sua vocação para se divertir no carnaval, sendo muito conhecido pelo seu jeito alegre e motivador. Era filho do ilustre e renomado médico Dr. Pedro Roberto, que atendia em seu consultório na Rua José Custódio, em frente à Praça Rui Barbosa, onde atualmente é uma loja de móveis. Um bloco de carnaval muito famoso era o “Bafo de Onça”, que originalmente foi criado pela família Maia.
Na foto mais conceituado e prestigiado espaço de dança de salão era o CRI (Clube Recreativo Ibitinga), onde hoje funciona a Secretaria da Educação. O auge das festividades do lugar aconteceu de tempos anteriores à década de 50 até meados dos anos 80.
Foto: Museu municipal