Há dez anos a senhora Nereide Branco Trofino expõe seus trabalhos na Feria do Bordado de Ibitinga. Com uma máquina de costura que ganhou do seu pai, ela borda peças de Richelieu e garante que não sabe desde quando a iguaria começou a ser fabricada em Ibitinga, mas suspeita que ela é a única que ainda faz este tipo de trabalho. “Eu nasci e já tinha este tipo de trabalho. Pelo que eu saiba, eu sou a única que ainda faço esse tipo de bordado”, lamenta a artesã.
Nereide começou a bordar com 12 anos quando ganhou a máquina do pai. Depois de aprender o ofício, ela trabalhou com a atividade até os 22 anos, mas decidiu parar para se dedicar a família. Depois de 28 anos, voltou a atividade e continua fazendo belas peças. Nereide lembra que só voltou a fazer os bordados em 2002, quando foi convidada a participar de uma exposição em São Paulo. Na época Nereide foi convidada pela Secretaria Municipal de Cultura, pelo então secretário Luiz Mapelli. “Ele me convenceu a voltar a bordar, eu nem sabia se eu sabia bordar, mas tentei e deu certo”, explica Nereide. Em 2003 ela já começou a participar da Feira do Bordado. Agora a artesã garante que não fica mais sem fazer seus bordados. “Eu amo o que eu faço, é a minha vida” comenta Nereide 48 anos depois que aprendeu a bordar. Para ela a dificuldade maior é encontrar linha de algodão e o tecido de linho e, que só é encontrando em São Paulo.
O trabalho do legitimo bordado (muito diferente das atuais máquinas computadorizadas que bordam todos os tipos de desenhos), não passa despercebido pelas clientes. Ela garante que faz este tipo de trabalho pela paixão e não para vender, mas garante que às vezes acaba cedendo e vende suas obras.
Para saber mais sobre o trabalho e sobre as peças, basta entrar em contato com a senhora Nereide pelo telefone: (16) 3342-2038.