O Conselho de Orientação do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista – O Banco do Agronegócio Familiar (FEAP/ BANAGRO) –, aprovou no último mês, alterações para o Projeto Renovação de Pomares de Citros, que devem beneficiar o pequeno e médio produtor da fruta.
Uma das mais importantes atividades do agronegócio brasileiro, com uma cadeia estruturada em diferentes segmentos (viveiristas, produtores, fornecedores de insumos e máquinas, prestadores de serviço, indústrias, etc.), que tem no Estado de São Paulo o principal produtor e exportador, respondendo por um faturamento anual da ordem de 1,5 bilhão de dólares, a citricultura vivencia dificuldades fitossanitárias e de mercado que tem levado à saída de muitos produtores da atividade.
“A resolução, publicada pelo governo do estado, concedendo um financiamento adicional aos produtores rurais, que já estão nas atividades da citricultura, para a renovação ou erradicação de pomares antigos, vai de encontro a uma reinvindicação de muitos produtores, principalmente os pequenos, que muitas vezes não tem recursos para mudar de atividade”, explica o técnico agrícola do Sindicato Rural de Ibitinga e Tabtinga (SRI), Valdecir Vasconcelos.
Com o aumento de doenças e pragas, que reduzem significativamente o tempo de vida útil da planta, existe a necessidade de implementar uma mecanismo de renovação do pomar, que garanta a curto e médio prazo sua produtividade e a competitividade do produtor. Assim, a renovação dos pomares das pequenas propriedades é um fator estratégico, de vital importância para a otimização do parque citrícola instalado e para a permanência na atividade de inúmeros produtores, que possuem conhecimentos, equipamentos e instalações adequadas para a citricultura, estrutura montada ao longo dos anos.
“Diante dessa necessidade, o governo do estado liberou, para quem se enquadra no Feap, uma linha de recursos de até R$ 40 mil reais, por produtor, para erradicação de pomar antigo e troca de cultura ou de até R$ 100 mil reais para quem quiser erradicar o pomar antigo e implantar novos pomares com um subsidio até o segundo ou terceiro ano, quando o produtor ainda gasta bastante dinheiro investindo”, analisa o técnico.
Feito com prazo de pagamento de até 96 meses (oito anos), com juros de 3% ao ano, e até três anos de carência, o financiamento pode ser uma boa alternativa para os produtores interessados em erradicar seus pomares. “Para obter maiores informações, os citricultores da cidade e região devem procurar a Casa da Agricultura de seu município, onde um técnico responsável fará a elaboração de um projeto técnico, indicando a capacidade de cada produtor de contratar esse financiamento e a forma de pagamento desse investimento que o governo do estado esta liberando”, finaliza Vasconcelos.