O setor do agronegócio bateu recorde de produção nos seis primeiros meses deste ano, alcançando US$ 49,57 bilhões, e é responsável por cerca de metade dos postos de trabalho criados no país, indicam os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
A tendência de aquecimento se estende a diversas áreas do agronegócio que, segundo a Sociedade Nacional de Agricultura têm apresentado saltos de produtividade e mostrado peso na balança comercial brasileira, com recordes consecutivos nas vendas internacionais.
Nesta semana foi divulgada a conquista de um novo marco histórico nas exportações, com a superação dos US$ 100 bilhões anuais. O que indica também aquecimento no mercado de trabalho e aumento na demanda por profissionais qualificados, que ajudem a reduzir o tempo de execução, aumentem a qualidade do produto e reduzam custos.
Antônio Alvarenga, presidente da SNA, explica que hoje o agronegócio exige profissionais que sejam capazes de acompanhar produção, cotações e o controle de estoques. "O déficit existe em todas as áreas, porque o mercado agrícola evoluiu muito e se tornou cada vez mais sofisticado", afirmou.
Profissões mais ligadas ao agronegócio ainda são as que têm maior mercado de atuação. Segundo Alvarenga, "a tendência é buscar profissionais qualificados em áreas relacionadas à criação de animais, em especial veterinários e zootecnistas, além da gestão de empresas".
De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a renda agrícola deve crescer 23,8% este ano. A maior parte ligada à produção de grãos. E para a SNA a tendência é que seja ainda maior nos próximos anos.
Para Alvarenga, "o Brasil é um dos poucos países do mundo com todos os predicativos necessários para expandir a produção agropecuária, como terra cultivável, clima diversificado, água abundante, tecnologia e força de trabalho".
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